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Embrapa Rondônia
26/09/2012
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Nesta quarta-feira, 26, será aberto o “Simpósio Manejo Sustentável das Pastagens de Rondônia”, às 19h30, no auditório do Senac, em Porto Velho. De acordo com o pesquisador da Embrapa Rondônia, Claudio Townsend, a finalidade é apresentar, a partir do cenário atual, alternativas tecnológicas para recuperação, manejo e sustentabilidade das pastagens em Rondônia. O evento - realizado pela Embrapa Rondônia, Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária, Sebrae-RO e Emater-RO - é direcionado a técnicos, pesquisadores, professores, estudantes de ciências agrárias e pecuaristas.
Segundo Townsend, nas últimas décadas, o estado foi submetido a um processo de desmatamento para o desenvolvimento da agricultura e, principalmente, da pecuária, devido a estímulos governamentais, provenientes de incentivos fiscais, implantação de projetos de assentamentos rurais, financiamentos a juros subsidiados, construção de estradas, etc. “Como resultado da conversão de floresta em pastagens, tem-se verificado consequências negativas para a região, como o aumento das áreas abandonadas com solos degradados e improdutivos”, informa Claudio. Ele acrescenta que “a retirada da floresta, fragilidade dos solos e a expansão da fronteira agrícola sem o devido conhecimento da vocação agroecológica da região, são fatores a serem considerados na análise sobre a expansão das áreas degradadas em Rondônia”.
De acordo com o pesquisador, a recuperação e/ou renovação, assim como a intensificação do uso de pastagens cultivadas devem ser indicadas visando reduzir a expansão em áreas de florestas e propiciando benefícios de ordem ambiental, econômica e social na busca pela sustentabilidade dos sistemas pastoris. “As estratégias usadas para a reabilitação da capacidade produtiva das pastagens buscam interromper o processo de degradação, combatendo as causas a ele associadas”, explica.
Programação
Nos dias 27 e 28, das 8h30 às 17h30, as palestras serão ministradas por pesquisadores da Embrapa e de outras instituições. Na quinta-feira, 27, a primeira palestra é do pesquisador Claudio Townsend, sobre o “Cenário atual das pastagens no estado”. Em seguida, o professor da Esalq/Piracicaba, Fernando Mendonça, fala sobre “Sistema de pastejo rotacionado com irrigação”. Às 14 horas, o pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus, AM) ministra palestra sobre “Degradação, recuperação e adubação de pastagens”. Em seguida, o pesquisador da Embrapa Cerrados (Planaltina, DF), João Kluthcouski, fala sobre “Integração lavoura-pecuária”.
Na sexta-feira, 28, a primeira palestra é com o pesquisador da Embrapa Florestas (Colombo, PR), Wanderley Porfírio da Silva, sobre “Sistema silvipastoril”. Em seguida, o pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Roni de Azevedo, aborda o tema “Controle de plantas invasoras em pastagens”. Depois é a vez professor da Esalq, Ricardo Filho, falar sobre “Controle de pragas (insetos) em pastagens”. Às 14h30, Josenildo do Nascimento, do governo do estado, aborda o tema “Código florestal x Pastagens”. O professor da Universidade Estadual de Maringá, Clóvis Jobim, fecha o ciclo de palestras falando sobre “Suplementação de pastagem com uso de silagem”.
Pecuária em RO
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam que a área desmatada em Rondônia ultrapassa 85 mil quilômetros quadrados, dos quais estima-se que cerca de 70% são usados, em algum período, com pastagens. Isto corresponde a cerca de 35% do território do estado, totalizando mais de 5,5 milhões de hectares de pastagens.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a atividade leiteira está entre os principais meios de sobrevivência da população rural de Rondônia, estando presente em aproximadamente 83% das propriedades rurais, na maioria de base familiar.
Quanto à pecuária de corte, a carne bovina representa o principal produto de exportação de Rondônia, responsável por mais de 5% da carne exportada pelo Brasil, o que gerou, em 2010, uma receita de, aproximadamente, 190 milhões de dólares para o país. Segundo a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron), atualmente, o rebanho bovino rondoniense supera 12 milhões de cabeças e, desse total, cerca de 85% são de animais para a pecuária de corte.
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