Carregando...
O cultivo de oliveiras vem despertando o interesse de produtores do Paraná. Os 85 hectares cultivados com a planta colocam o estado na terceira posição no país, ficando atrás apenas de Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Em Paula Freitas, o produtor Celso Procaylo aceitou o desafio da Extensão Rural e instalou uma unidade de observação com a cultura em sua propriedade. O objetivo é analisar o comportamento de cinco variedades de oliveira e indicar as mais apropriadas para a região.
Neste ano a florada das oliveiras de Paula Freitas foi promissora, mas os extensionistas acreditam que ainda é cedo para estimar a produção nos próximos anos. João Dozorec, que acompanha a unidade, afirmou que as plantas resistiram ao frio e deram uma produção dentro do esperado. “As oliveiras ainda são novas. Sabemos que será preciso esperar uns três anos para saber se as plantas vão produzir bem e como será a qualidade dos frutos. Só depois desse tempo podemos fazer alguma recomendação”, observou o extensionista.
Cirino Correa Jr, da área de plantas potencias, medicinais e aromáticas do Instituto Emater, orienta o trabalho com oliveiras no Paraná, iniciado há oito anos. A extensão rural, em parceria com a Embrapa Pelotas, instalou duas unidades de observação, em Salto do Lontra e São José dos Pinhais, com 19 variedades diferentes de oliveira. A partir dessa experiência, foram selecionados cinco materiais com potencial produtivo para as condições de solo e clima do estado, quatro para a produção de azeite e uma para a produção de azeitonas em conserva. Em 2014 foram criadas doze unidades de observação com oliveiras, espalhadas pelo estado para verificar o comportamento das cinco variedades escolhidas.
“O exemplo de Paula Freitas, onde recentemente fizemos uma prática de poda das oliveiras, mostra que o cultivo é promissor para a região de União da Vitória. Algumas plantas já apresentaram uma boa produção, mas ainda estamos avaliando o comportamento das oliveiras”, ressaltou Cirino. Segundo ele, a demanda pelo cultivo tem aumentado nos últimos anos. “Temos um mercado em potencial, já que o Brasil importa 99% do azeite de oliva consumido no país. A oliveira pode ser uma alternativa de renda para o agricultor familiar. Temos que pensar em fazer a extração do azeite. A ideia é que os produtores se agrupem em cooperativas ou formem empresas para adquirir uma prensa. Assim, eles poderão colocar uma marca de azeite própria no mercado”, informou Cirino. O extensionista acrescentou que as plantas só devem atingir a plena produção a partir de oito ou dez anos depois do plantio.
|
Aviso Legal
Para fins comerciais e/ou profissionais, em sendo citados os devidos créditos de autoria do material e do Jornal Dia de Campo como fonte original, com remissão para o site do veículo: www.diadecampo.com.br, não há objeção à reprodução total ou parcial de nossos conteúdos em qualquer tipo de mídia. A não observância integral desses critérios, todavia, implica na violação de direitos autorais, conforme Lei Nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998, incorrendo em danos morais aos autores. |