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A avaliação da maturação de frutas é feita atualmente através de processos destrutivos que cortam e descartam as frutas analisadas, desperdiçando as amostras cada vez que a análise é feita. Técnicas modernas estão surgindo no mercado com métodos de avaliação não-destrutivos, ou seja, que não causam nenhum tipo de dano à fruta. As novas tecnologias já são amplamente utilizadas na Europa e Japão e já estão disponíveis para os centros de pesquisa no Brasil. Através de aparelhos com luz infravermelha, que podem ser até portáteis, é possível fazer a leitura dos teores de açúcar, acidez, resistência da polpa, sanidade e qualidade apenas posicionando o aparelho ao lado de cada fruta.
Os novos métodos não-destrutivos serão apresentados pelo pesquisador José Carlos Fachinello, professor da Universidade Federal de Pelotas durante o Congresso Brasileiro de Fruticultura, que acontece entre os dias 17 e 22 de outubro, na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. Em muitos países, os aparelhos são utilizados por agricultores e cooperativas. Ainda não se sabe quando os eles estarão disponíveis no mercado comercial brasileiro, mas durante o evento os agricultores já poderão se antecipar e ficar conhecendo melhor os benefícios da futura tecnologia.
— São técnicas que utilizam a espectroscopia do infravermelho próximo e têm a finalidade de avaliar o grau de maturação e a sanidade das frutas sem destruí-las. São técnicas novas que estão sendo utilizadas na fruticultura, com sucesso principalmente na Europa e Japão. Existem aparelhos que são portáteis, um pouco maiores do que um telefone celular e fáceis de caminhar no campo. Você encosta ele na fruta e ele te dá todo o resultado da avaliação. Tem outros que você só usa em laboratório e já existem no mercado alguns aparelhos que são adaptados na própria linha de classificação de frutas — explica o professor.
Uma outra vantagem do novo método é que é possível acompanhar a evolução da mesma fruta, já que ela não é destruída nem descartada. É possível fazer várias avaliações em períodos diferentes utilizando o mesmo material, usando comparativos. Outro benefício é que as medições podem ser feitas no campo, na armazenagem ou já na caixa para comercialização. Um dos aparelhos, voltado para a indústria, permite fazer a seleção das frutas de acordo com a qualidade de maturação que elas apresentam. Com a nova tecnologia, será possível identificar, na embalagem, a quantidade de açúcar que cada fruta apresenta, uma medida que já está sendo utilizada na Europa e Japão.
Segundo Fachinello, a tecnologia ainda é muito nova no Brasil e precisa ser ajustada para as diferentes espécies de frutas nacionais. Atualmente, os pesquisadores estão trabalhando com a avaliação de pêssego, kiwi, maçã, pera e laranja.
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