dia de campo

a
Esqueceu a senha?
Quero me cadastrar
     18/09/2024            
 
 
    
 
 
Tudo indica que 2016 será um ano difícil, até mesmo para o agronegócio brasileiro, que tem contribuído sobremaneira, ano após ano, para que a situação do nosso país não seja pior.
 
Arriscando fazer algumas previsões, digo que seguiremos no caminho da autossuficiência na produção do trigo e as nossas vacas produzirão mais leite. Tecnologias para isso não faltam.
 
Trabalhos da Embrapa demonstram o significativo potencial do Brasil como produtor de trigo, o que seria suficiente para atender o consumo interno e permitir a exportação. Os resultados do trabalho fornecem indicativos de que as políticas públicas podem atuar nas relevantes regiões tradicionais de produção de trigo na busca pela minimização das variações temporais, visando à melhor qualidade do trigo produzido. Assim como, na retomada de áreas de produção de trigo hoje em declínio ou estagnação, mas que já apresentaram significativas contribuições no passado. Além disso, o planejamento e investimento na otimização da logística de escoamento do trigo em direção aos centros de consumo do país são fundamentais para garantir a competitividade do produto nacional frente ao importado.
 
No entanto, incrementos significativos na quantidade produzida apenas serão possíveis mediante a incorporação de novas áreas de produção com mudanças na dinâmica territorial da triticultura no Brasil. Nesse sentido, dadas suas características, a região do Planalto Central (Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia e parte do estado de São Paulo) destaca-se para receber ações de fomento à produção do trigo.
 
O fato de que parte dos municípios que apresentam as maiores áreas adequadas à produção de trigo também são relevantes na produção atual é um indicativo da possibilidade de expansão da cultura. Não estamos falando de novas áreas que dependem do desmatamento, mas sim de áreas já agrícolas, ocupadas com outras culturas ou pastagens.
 
No caso do leite, apesar da alta produção no País (32,2 bilhões de litros de leite bovino em 2012), a produtividade nacional, aproximadamente de 1.400 litros por vaca por ano, é baixa quando comparada a de outros países.
 
A adoção de tecnologias proporcionarão melhor nutrição, manejo, genética do rebanho e consequente aumento da produção, além da melhoria na qualidade do leite. No entanto, ao se planejar as ações de transferência tecnológica, devido à extensão territorial do Brasil, é necessária a identificação de regiões prioritárias. Há diversas linhas estratégicas para identificar essas regiões, mas simplificadamente pode-se considerar regiões que possuem alta ou baixa produtividade do rebanho leiteiro.
 
As regiões já com alta produtividade possuem maior nível tecnológico e espera-se que a adoção de novas tecnologias não precise de um processo de reeducação dos produtores e profissionais envolvidos. Entretanto, o alto patamar produtivo irá tornar mais lento o aumento de produção e, também, irá promover uma maior concentração da produção de leite nacional, com suas consequências sociais e econômicas.
 
As regiões hoje com baixa produtividade apresentam maior atraso nas técnicas agropecuárias, podendo apresentar, com a adoção de novas tecnologias, um incremento de produção mais rápido do que em regiões com maiores produtividades. A priorização das ações de transferência de tecnologia para as regiões de baixa produtividade segue no sentido da menor concentração da produção leiteira no país e do aumento na renda em pequenas propriedades rurais, que, em geral, são as com baixa produtividade de leite.
 
A análise realizada pela Embrapa compara essas duas estratégias de identificação de municípios prioritários para ações de transferência de tecnologia. Em ambas é possível se obter o aumento de 40% na produção de leite no país. O interessante é que essas estratégias não são excludentes, ou seja, as duas podem ser adotadas ao mesmo tempo em diferentes regiões.
 
Não precisa ser vidente para prever o que ocorrerá esse ano e nos próximos anos. Precisamos de capacidade de planejamento e efetividade das ações.
Aviso Legal
Para fins comerciais e/ou profissionais, em sendo citados os devidos créditos de autoria do material e do Jornal Dia de Campo como fonte original, com remissão para o site do veículo: www.diadecampo.com.br, não há objeção à reprodução total ou parcial de nossos conteúdos em qualquer tipo de mídia. A não observância integral desses critérios, todavia, implica na violação de direitos autorais, conforme Lei Nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998, incorrendo em danos morais aos autores.
Ainda não existem comentários para esta matéria.
Para comentar
esta matéria
clique aqui
sem comentários
33% dos solos do mundo estão degradados
Estudo da FAO/Embrapa revela situação preocupante. Causas da degradação são diversas
Farinha de copioba da Bahia, a preferida
Sabor e crocância dão ao produto baiano características sensoriais especiais e exclusivas
Anemia infecciosa equina em cavalos pantaneiros
Doença é viral e não tem cura. Uma vez que o animal esteja contaminado, vai estar sempre contaminado
Adubação correta é fundamental para o sistema safra-safrinha de milho
Ao fazer a análise antes de plantar, o produtor conhece as características de toda a área de plantio, onde é mais produtivo e onde requer correção de determinado nutriente
Algumas considerações para um Plano Diretor Participativo
A luz do urbanismo atual é uma ferramenta democrática para racionalização do uso dos recursos públicos na busca de melhores condições de vida urbana e rural e também para a preservação dos recursos naturais
O excesso de chuvas e a cultura do milho
Devido ao fato do milho necessitar de uma precipitação média de 400 a 600 mm de água durante o ciclo, o déficit hídrico ou o excesso de chuva em determinadas fases do desenvolvimento podem comprometer a produtividade final
Algumas previsões para 2016 e adiante
Arriscando fazer algumas previsões, digo que seguiremos no caminho da autossuficiência na produção do trigo e as nossas vacas produzirão mais leite. Tecnologias para isso não faltam
Conservação do solo e da água para pastagens tropicais: uma abordagem sistêmica
As pastagens são um dos principais tipos de vegetação que possuem capacidade de manter a cobertura do solo de maneira efetiva e uniforme
Quando se muda a lógica
A adoção de sistemas integrados altera o curso de um sistema de produção
Iapar propõe novo sistema de produção para maracujá no Paraná
Produtor faz plantio das mudas em setembro, após o risco de geadas, e colhe entre os meses de dezembro a julho
Consórcio da braquiária com milho é caminho para sustentabilidade
Solo também permanece coberto até a nova semeadura da soja, auxiliando no controle de importantes invasoras como a buva e o amargoso
Tecnologias mudam cenário da produção de alho no Brasil
Até o final da década de 1970, a produção dificilmente passava três t/ha. Hoje, grandes produtores produzem de 20 a 22 t/ha

Conteúdos Relacionados à: Agronegócio
Palavras-chave

 
11/03/2019
Expodireto Cotrijal 2019
Não-Me-Toque - RS
08/04/2019
Tecnoshow Comigo 2019
Rio Verde - GO
09/04/2019
Simpósio Nacional da Agricultura Digital
Piracicaba - SP
29/04/2019
Agrishow 2019
Ribeirão Preto - SP
14/05/2019
AgroBrasília - Feira Internacional dos Cerrados
Brasília - DF
15/05/2019
Expocafé 2019
Três Pontas - MG
16/07/2019
Minas Láctea 2019
Juiz de Fora


 
 
Palavra-chave
Busca Avançada