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Kamila Pitombeira
24/05/2011
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Apresentada na discussão sobre avaliação e introdução de variedades de mandioca, tema abordado no dia de campo sobre o sistema de produção da mandioca, que aconteceu no dia 7 de abril, em Tanguá (RJ), a variedade de mandioca BRS Kiriris conta com boa produtividade e adaptação, apesar de ainda se encontrar em fase de teste. Segundo José Ronaldo Macedo, pesquisador da Embrapa Solos, foram introduzidas duas variedades de mandioca cedidas da Embrapa Mandioca e Fruticultura, a BRS Gema e a BRS Kiriris. Na primeira avaliação feita em Tanguá, o resultado da Kiriris foi superior ao das demais variedades testadas do local, ou seja, a Carioquinha e a Casca Rosa.
— O principal cuidado que devemos ter, principalmente com a variedade Kiririns, que é a mais produtiva, é o controle da multiplicação da rama. Nessa segunda fase da avaliação, estamos cadastrando os produtores que vão receber as manivas e vão plantar em diferentes outros municípios do estado do Rio. Para isso, o principal cuidado é coletar as manivas quando os produtores já tiverem as áreas preparadas para que haja o menor intervalo de tempo entre a coleta e o plantio. Com isso, tem-se o maior vigor da maniva — afirma o pesquisador.
Ele explica que, tradicionalmente, a mandioca não exige muitos cuidados. Para ele, o mais importante é a limpeza da área, ou seja, a manutenção por meio de capinagem, que pode ser manual, com enxada, ou química, através de herbicidas. Já em relação às pragas, a principal é a lagarta, que, de acordo com ele, costuma comer os ponteiros, forçando uma nova brotação.
— Na região do Rio de Janeiro, o problema não é tão grave. Não tivemos que aplicar inseticidas para o controle das lagartas, o que foi uma grata surpresa. Além disso, as variedades se mostraram bem adaptadas. Já em relação às doenças, não precisamos fazer nenhum tipo de tratamento, pois não tivemos qualquer problema relacionado a isso — conta.
Macedo diz ainda que esse foi o primeiro experimento realizado, portanto é muito precoce dizer que a Kiriris, que foi a variedade que mais produziu, deve ser plantada em larga escala. Para esse primeiro experimento, a Quiririns chegou a produzir 30% a mais que as outras variedades.
— Não é interessante plantar somente uma variedade. Portanto, a Carioquinha e a Casca Rosa devem ser plantadas junto com a Kiriris, até porque essa variedade tem dupla aptidão, tanto serve como mandioca de mesa, como para a produção de farinha. Já as demais cultivares, não têm essa aptidão — fala.
De acordo com o pesquisador, o custo de produção da variedade é baixo. Como a Kiriris produziu 30% a mais para o mesmo gasto, que envolve o preparo da área e a mão-de-obra, o custo se tornou menor por causa da rentabilidade, já que a produtividade foi maior.
— Mas é muito importante informar que esse é um processo inicial. Falta ainda um teste fundamental, ou seja, o teste da panela. A Kiriris se mostrou mais precoce e apta para a colheita com 7 meses. Mas com 11 meses, passou um pouco do ponto e não cozinhou tão bem. Portanto, se o produtor quiser fazer um teste com essa variedade, ele deve se preocupar com o momento da colheita. Após os 7 meses, ele passa a ser indicada para a produção de farinha — orienta.
Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Solos através do número (21) 2179-4500.
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