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Uma tecnologia desenvolvida pela Embrapa Acre utiliza sistemas de informação geográfica, sensoriamento remoto e GPS para aumentar a precisão do planejamento de florestas. O Modeflora, Modelo Digital de Exploração Digital, é um avanço tecnológico na área do manejo florestal. Através de imagens de satélite e de receptores, a técnica permite a obtenção de informações precisas e de excelente qualidade antes da derrubada da árvore. O objetivo é balizar o manejo para que sejam respeitadas as condições de relevo, hidrografia e meio ambiente.
— A partir do momento que utilizamos informações de alta precisão, como localização dos rios, áreas de topo de morro e áreas de baixada, é possível planejar de forma a evitar construir pontes sobre igarapés, o que acaba reduzindo custos na execução do manejo. Também se evita a criação de pátios e abertura de estradas em áreas com declive, o que evita a exploração áreas com baixo potencial madeireiro, já que todas as arvores na área são georreferenciadas, ou seja, a gente coleta um ponto de GPS para cada arvore — explica Daniel Papa, engenheiro florestal e analista da Embrapa acre.
O funcionamento do sistema Modeflora é baseado em um receptor GPS específico, cujo manuseio é simples e pode ser entendido através de um rápido treinamento. Atualmente, a tecnologia é aplicada em quatro Estados da região amazônica: Rondônia, Acre, Amazonas e Pará. O Modeflora é indicado a qualquer produtor que detenha uma área florestal em bom estado, com grande quantidade de madeira. A tecnologia é especificamente voltada para o manejo florestal empresarial, mas também pode ser incorporada por pequenos produtores através do manejo florestal comunitário.
O primeiro passo para o produtor ou fazendeiro que quiser introduzir em sua floresta o sistema digital é procurar a secretaria de Estado do seu município ou entrar em contato com a Embrapa, que indicará empresas para a realização de uma consultoria. A Embrapa faz apenas o trabalho de geração de tecnologia e acompanhamento de alguns projetos em nível de pesquisa.
As pesquisas com o sistema digital iniciaram em 2005 e foram concluídas em 2008. A tecnologia já está no terceiro ano de utilização e, segundo Daniel Papa, já apresenta casos de sucesso.
— Já foram dezenas de propriedade, mais de 200 mil hectares explorados utilizando o sistema digital. Todos esses casos demonstraram que houve redução do impacto utilizando sistema digital em comparação ao sistema convencional, que nós chamamos XY — comemora.
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