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Com o início do plantio da soja em Mato Grosso, os problemas com a Helicoverpa voltam a aterrorizar os produtores. Casos da praga já foram registrados em cinco grandes propriedades em municípios como Campo Novo dos Parecis e Sapezal, nos últimos dias, mas segundo o diretor técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), Nery Ribas, a lagarta está por todo o estado, “só ainda não foi detectada e identificada”.
Frente a isso, a orientação é que os produtores façam um monitoramento intenso e sem descanso das lavouras, pois o controle da praga no estágio de instar, ou seja, larval, quando a lagarta tem menos de um centímetro, é mais fácil.
Mas a situação no estado ainda se complica, pois o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) têm divulgado informações sobre grandes infestações em áreas com plantas guaxas, aquelas que germinam a partir de grãos perdidos na colheita. Essas plantas são hospedeiras em potencial para pragas e doenças, entre um cultivo e outro.
São elas que têm permitido casos onde as lagartas possuem tamanho de 15 dias enquanto a soja tem apenas 5 dias. O coordenador da Comissão de Defesa Sanitária Vegetal, Wanderlei Dias Guerra é incisivo: é preciso destruir essas plantas para que a lagarta, posteriormente, não migre para a soja.
Todo esse contexto necessita da adoção de uma postura proativa de produtores e seus colaboradores, engenheiros agrônomos, técnicos e consultores, incluindo o Manejo Integrado de Pragas (MIP), com o cultivo de áreas de refugio, uso racional de inseticidas, preservação dos inimigos naturais, adoção de um vazio sanitário como forma de evitar a chamada "ponte biológica" ou "ponte verde” que fornece alimento às lagartas e outras pragas de forma ininterrupta.
O monitoramento do ciclo da praga, lagartas pequenas ou adultas, também auxilia na identificação para escolha dos inseticidas, biológicos ou químicos, a serem utilizados.
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