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Sustentabilidade        
Transferência de tecnologias para baixa emissão de carbono
Unidades de referência serão instaladas em propriedades no Tocantins
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Sandra Brito, Embrapa Pesca e Aquicultura
03/02/2014

A Embrapa Pesca e Aquicultura (Tocantins, TO) já selecionou 41 propriedades para instalação de Unidades de Referência Tecnológica no Estado do Tocantins. Os trabalhos são realizados em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Secretaria da Agricultura e Pecuária, Seagro-TO, Instituto de Desenvolvimento Rural, Ruraltins, e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-TO).

A ação faz parte dos projetos “Transferência de Tecnologia para Consolidação de uma Agricultura de Baixa Emissão de Carbono no Tocantins” (ABC TO) e “Transferência de Tecnologia para a bovinocultura leiteira do Tocantins” (ABC Leite TO), que compõem a carteira Macroprogama 4 da Embrapa e se baseiam, principalmente, no processo de capacitação continuada de técnicos multiplicadores das tecnologias Integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF), Recuperação de pastagens degradadas (RPD) e Sistema plantio direto (SPD). Os projetos contribuem para o atendimento das metas propostas pelo Governo Federal com o Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC).

“O princípio básico do processo de capacitação continuada é a realização de atividades teóricas e práticas. A atividade prática consiste na implantação, em campo, das tecnologias trabalhadas em sala de aula, por meio das denominadas Unidades de Referência Tecnológica (URT's)”, relatou o analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Pedro Henrique Rezende Alcântara. “As capacitações teóricas são presenciais e têm sido realizadas com frequência quadrimestral. Durante os módulos, os técnicos são estimulados a colocarem suas experiências ligadas aos temas em exposição, traçando um paralelo entre a teoria e suas experiências de campo, para enriquecer as discussões”, disse.

A dinâmica dos trabalhos de cada técnico participante do projeto é bem estruturada: após se responsabilizar para atender uma URT, ele aplicará os conhecimentos adquiridos nos módulos teóricos, associados a sua bagagem técnica, para implantar sistemas integrados de produção e recuperar ou reformar pastagens. E, também, vai utilizar o sistema plantio direto, com o acompanhamento de um técnico da Embrapa. “O planejamento da intervenção nos sistemas de produção das URT's é orientado por um diagnóstico realizado pelos técnicos, utilizando uma ferramenta elaborada pela equipe técnica da Embrapa e ajustada junto ao grupo de técnicos participantes”, ressalta Alcântara.

O próximo passo, após fazer o diagnóstico, é a elaboração de um plano de trabalho plurianual para a URT. Esse plano deve considerar as intenções dos produtores e suas aptidões, bem como as características das propriedades e as das regiões onde se inserem. O planejamento é feito para um horizonte de três anos e deve contemplar um plano de trabalho para cada ano agrícola, que poderá ser revisado ao longo de sua execução.

Alcântara explicou que o objetivo das ações é buscar o desenvolvimento técnico, econômico, social e ambiental das URT’s, para que essas se tornem centros de multiplicação regional das tecnologias e, ao mesmo tempo, possam capacitar os técnicos participantes do projeto na lógica do "aprender fazendo".

“Uma vez que as URT’s apresentem bons resultados, passam a ser utilizadas como ferramenta para a difusão de tecnologia em âmbito local”, pontuou Alcântara, acrescentando que a partir desse ponto, em cada região de inserção das URT’s, serão realizados eventos para que outros produtores locais se sintam estimulados a implantar as tecnologias propostas e possam se basear nas informações levantadas nas URT’s, para sua tomada de decisão. Assim, esses produtores poderão contar com a assistência técnica do multiplicador responsável pela URT que estará devidamente preparado na teoria e na prática para a implantação das tecnologias.

Localização das URT's
O projeto ABC TO contempla 20 URT’s, nas cidades de Itaporã, Arapoema, Nova Olinda, Araguaína, Santa Fé do Araguaia, Araguatins, Bom Jesus do TO, Miracema, Brejinho de Nazaré, Praia do Forte, Angico, Almas, Dianópolis, Taguatinga, Campos Belos, Pium, Gurupi, Araguaçú e Pugmil. Dessas, 70% estão na fase de planejamento em execução e 20% estão com o planejamento elaborado.

O Projeto ABC Leite TO iniciou suas atividades em junho de 2013 e contempla 21 URT’s. As unidades de Angico e Augustinópolis já estão executando o planejamento e, outras duas, na cidade de Nova Olinda, estão com o planejamento elaborado. As demais unidades serão instaladas em Itaguatins, Araguaína, Guaraí, Palmas, Combinado, Gurupi, Aliança, Araguaçú, Marianópolis, Santa Fé do Araguaia, Filadélfia, Paraíso e mais uma em Nova Olinda.

Experiência em Nova Olinda
Em Nova Olinda estão instaladas as URT’s supervisionadas pela gerente regional do Ruraltins, Milena Alves da Silva. A Fazenda Jacob e a Encontro das Águas, propriedades dos senhores José Ângelo Brigetti e Waldir Bringhetti, são parceiras no projeto ABC TO e têm como atividades principais a bovinocultura de corte e o plantio de eucalipto.

Um dos benefícios a serem gerados nestas propriedades, após a implantação do projeto, será o melhor aproveitamento das forragens existentes, com a divisão dos pastos em áreas menores, seguida de adubação e, consequentemente, a ocorrência do aumento na taxa de lotação. “Estamos trabalhando com a recuperação das áreas já implantadas com adubação, e, para o rebanho bovino de corte utilizamos o sistema de cria, recria e engorda”, disse Alves.

No Sítio 3P, propriedade do Mark-Leã Moraes Carneiro, está instalada uma URT do Projeto ABC Leite TO. Sua atividade principal é a intensificação em bovinocultura de leite a pasto.

Milena Alves ressaltou que as orientações do projeto irão proporcionar o aumento da produção de leite com o uso de tecnologias sustentáveis, como o rodízio de pastagens adubadas e a irrigação no período da seca. Outros benefícios serão a melhoria na qualidade do leite com o uso de ordenha mecânica, a higienização dos animais na sala de ordenha e a criação da raça Jersey, animais de porte pequeno e leite de maior qualidade. “Hoje estamos aumentando a área de pastagem e dividindo as áreas já implantadas. O rebanho bovino é 100% leiteiro”, explicou a gerente.

“Considero a iniciativa como uma oportunidade para a capacitação continuada dos técnicos envolvidos e uma melhor aproximação da instituição Embrapa com o técnico extensionista e o produtor rural, que é o maior beneficiado”, pontuou Alves.

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