dia de campo

a
Esqueceu a senha?
Quero me cadastrar
     22/11/2024            
 
 
    
Solo e Clima      
Produção do biocarvão ainda é desafio para os cientistas
Origem do solo conhecido como terra preta de índio está associada a antigas ocupações indígenas pré-colombianas. Extremamente fértil e rico em carvão assunto tem fascinado cientistas
Comente esta notícia Envie a um amigo Aponte Erros Imprimir  
Carlos Dias, Embrapa Solos
31/01/2014

No mês de dezembro comemorou-se o Dia Mundial do Solo, a data celebra a importância do solo como componente fundamental da natureza e parte vital do bem estar humano, pela sua contribuição para a alimentação e fornecimento de água, assim como mitigador da perda de biodiversidade e mudança climática.

Um dos assuntos que mais tem fascinado os cientistas que pesquisam o solo é o biocarvão. Esse interesse vem da descoberta das "terras pretas de índio", um solo encontrado na Amazônia extremamente fértil e rico em carvão, o que, de acordo com pesquisas recentes, explicaria a alta fertilidade dessa terra. Sua origem está associada a antigas ocupações indígenas pré-colombianas, identificadas por fragmentos de cerâmica, ossos e outros vestígios.

Presença do biocarvão no solo ajuda a aumentar a produtividade das lavouras e a economizar fertilizantes

O desafio é tentar recriar um solo com características similares às da terra preta de índio. "O interesse em reproduzir a terra preta de índio em laboratório se baseia em sua fertilidade e capacidade de reter carbono, mitigando as emissões humanas e o consequente e indesejado efeito estufa", diz o pesquisador da Embrapa Solos (Rio de Janeiro) Etelvino Novotny. O biocarvão é produzido pelo aquecimento de biomassa na ausência de oxigênio ou com baixos teores desse gás – processo conhecido como pirólise.

A presença do biocarvão no solo, em doses adequadas, ajuda não só a aumentar a produtividade das lavouras, mas também a economizar fertilizantes. A aplicação do material pode ainda reduzir as emissões de outros gases, como o óxido nitroso, que tem potencial cerca de 300 vezes maior que o do gás carbônico para intensificar o efeito estufa.

No Brasil, a Embrapa coordena uma Rede Nacional de Pesquisas do Biocarvão, envolvendo 18 de seus centros de pesquisa, além de universidades e empresas nacionais e estrangeiras. Essa rede estuda a via-bilidade de produção do biocarvão a partir de variados re¬síduos agroindustriais e realiza testes agronômicos em dife¬rentes culturas, como soja, arroz, eucalipto, feijão e outras.

Reportagem originalmente publicada em 05/12/2012

Aviso Legal
Para fins comerciais e/ou profissionais, em sendo citados os devidos créditos de autoria do material e do Jornal Dia de Campo como fonte original, com remissão para o site do veículo: www.diadecampo.com.br, não há objeção à reprodução total ou parcial de nossos conteúdos em qualquer tipo de mídia. A não observância integral desses critérios, todavia, implica na violação de direitos autorais, conforme Lei Nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998, incorrendo em danos morais aos autores.
Ainda não existem comentários para esta matéria.
Para comentar
esta matéria
clique aqui
sem comentários

Conteúdos Relacionados à: Solo
Palavras-chave

 
11/03/2019
Expodireto Cotrijal 2019
Não-Me-Toque - RS
08/04/2019
Tecnoshow Comigo 2019
Rio Verde - GO
09/04/2019
Simpósio Nacional da Agricultura Digital
Piracicaba - SP
29/04/2019
Agrishow 2019
Ribeirão Preto - SP
14/05/2019
AgroBrasília - Feira Internacional dos Cerrados
Brasília - DF
15/05/2019
Expocafé 2019
Três Pontas - MG
16/07/2019
Minas Láctea 2019
Juiz de Fora


 
 
Palavra-chave
Busca Avançada