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Muitos não sabem, mas o silício está presente na maior parte dos produtos que utilizamos em nosso cotidiano, inclusive em produtos alimentares e farmacêuticos. O silício é um oligoelemento essencial para os seres humanos e animais e, na agricultura, cumpre a função de um elemento antiestressante, fundamental em condições de estresse tanto, biótico quanto abiótico. Em 2004 a importância do silício foi oficialmente reconhecida com sua inclusão na legislação de fertilizantes. Ainda hoje, entretanto, a importância do uso da fertilização silicatada na agricultura é pouco difundida no Brasil e no mundo.
De acordo com o pesquisador Oscar Fontão de Lima Filho, da Embrapa Agropecuária Oeste, um dos grandes gargalos do uso do silício na agricopecuária é a necessidade de expansão na oferta de produtos comerciais para o agricultor, tanto de sólidos quanto de líquidos.
— O silício ainda é pouco utilizado pela falta de oferta de produtos silicatados em todas as regiões do Brasil e também pelo fato de existir ainda uma falta de informação, tanto por parte de técnicos quanto de agricultores, da importância do silício na agricultura. Nós temos algumas regiões em que há produção desses insumos, mas a oferta ainda é regional. Existe ainda a falta de oferta em nível nacional em quantidades suficientes para atender à demanda — reivindica o pesquisador, que será um dos palestrantes no V Simpósio Brasileiro sobre Silício na Agricultura, que acontecerá de 16 a 18 de agosto em Viçosa (MG).
O uso de fertilizantes silicatados na agricultura traz benefícios do ponto de vista fisiológico, aumentando a resistência dos vegetais a estresses bióticos, como pragas e doenças, e estresses abióticos, como a presença de metais pesados, salinidade, seca, excesso de água, vento forte, geadas, etc. A prática também traz benefícios ambientais, já que algumas pesquisas têm demonstrado que os silicatos podem reduzir a necessidade do uso de fungicidas, por exemplo.
A presença do maior teor de silício nas plantas pode favorecer também os seres humanos, que terão uma alimentação mais saudável, já que, atualmente, há menor consumo de fibras pela população, que é onde se concentra a maior quantidade de silício nos vegetais.
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