Da Redação 29/05/2013

Desenvolvido pela Embrapa, o projeto “Modelo Corporativo de Gestão para as Coleções de Microorganismos da Embrapa– GESTCOL” pode ser determinante para garantir a qualidade das coleções de microorganismos mantidas pela Empresa e torná-las aptas a atender às exigências do mercado nacional e internacional. O projeto pioneiro começou em abril de 2012, tem duração de 36 meses e, além de realizar o diagnóstico de 17 coleções de microorganismos da empresa, visa também adequá-las às normas de qualidade internacionais.

Os microorganismos têm funcionalidades diversas. Existem espécies relacionadas ao controle biológico de pragas, fertilidade do solo, de interesse industrial e causadores de doenças em animais e vegetais, entre outras.

— Os microorganismos têm sido utilizados para a geração de muitos produtos. Algumas leveduras têm sido utilizadas na fabricação de vinhos, bactérias no desenvolvimento de bioinseticidas, aí a importância de armazenarmos e preservarmos — afirma Clarissa Silva Pires de Castro, pesquisadora e gerente de qualidade na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.

O Projeto será desenvolvido em rede e conta com a participação de 17 unidades da Embrapa, além de instituições parceiras no Brasil e no exterior. Como parceiros no Brasil, estão presentes no projeto o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) e o Instituto de Tecnologia do Paraná (TECPAR) para avaliar e desenvolver o modelo de adequação às normas técnicas das coleções microbianas no Brasil.

— Através do projeto, criaremos mecanismos para estruturar e organizar as coleções de microorganismos. Com esse modelo, esperamos alcançar níveis de excelência que estão baseados em três normas internacionais: ABNT ISO GUIA 34, ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005 e OECD Best Practice Guidelines for Biological Resource Centres. A partir da implantação dos requisitos dessas normas, poderemos oferecer um material de qualidade e atestado — garante a pesquisadora.

Segundo a empresa, o cumprimento desses requisitos é fundamental para que as coleções alcancem níveis de excelência e atendam a normas nacionais e internacionais, regulamentações de biossegurança, acessibilidade e harmonização dos procedimentos e processos.

— A coleta de dados é o primeiro passo. Depois, trabalharemos na definição, implementação e monitoramento do modelo corporativo de gestão para as coleções de micro-organismos da Embrapa, que é o objetivo final — completa Clarissa.

É também meta do projeto promover a capacitação dos recursos humanos envolvidos com as coleções nas normas de gestão de coleções e no sistema de informação de microorganismos. No entanto, segundo a pesquisadora, esse é um trabalho ainda em pauta que só será posto em prática ao final do projeto.

Reportagem exclusiva originalmente publicada em 11/06/2012