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Práticas que melhoram os resultados no cultivo da soja são apresentadas em dia de campo
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Rejane Paludo, Emater/RS-Ascar
14/02/2019

O Dia de Campo Regional Lavoura de Resultados, realizado na última terça-feira (12/02), na propriedade do agricultor César Ramon, em Vista Alegre do Prata, RS, reuniu cerca de 150 produtores e técnicos de 13 municípios da região. A atividade, promovida pela Emater/RS-Ascar e Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, contou com quatro estações.

Na primeira, o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Gabriel Pontalti, falou sobre o Manejo Integrado de Pragas (MIP). Na ocasião, foi demonstrado o uso do pano de batida como ferramenta fundamental no momento da tomada de decisão do uso ou não de inseticidas. Além disso, os agricultores tiveram a oportunidade de visualizar um insetário com alguns exemplares dos insetos coletados na área monitorada, dando destaque aos benéficos, que são os inimigos naturais das pragas e os insetos inofensivos muitas vezes confundidos com os que causam dano à lavoura.

Os participantes também puderam observar uma parcela experimental onde semanalmente eram retiradas folhas das plantas da soja, notando que a planta consegue tolerar até 30% de desfolha antes da floração e 15% após a floração, sem perda de rendimento. Pontalti destaca que são três anos de trabalho na propriedade, com redução significativa do uso de inseticidas. Nesta safra foi feita apenas uma aplicação contra lagartas e, até o momento, nenhuma aplicação para percevejos, enquanto outras lavouras já estão no quarto tratamento com inseticidas.

Em outra estação, o engenheiro agrônomo João Villa, também da Emater/RS-Ascar, abordou o tema dos solos, destacando o seu manejo e conservação, a fertilidade, além da inoculação de sementes. Quanto ao manejo e conservação do solo, Villa frisou a importância de mantê-lo sempre coberto e fazer a rotação de culturas para ter uma alta produção de material orgânico (palha e raiz), usando espécies que têm sistemas radiculares diferentes, como, por exemplo, soja e milho, que é o que Ramon faz há oito anos. O engenheiro agrônomo lembrou que a fertilidade do solo não é composta apenas pela química, de forma que tem igual importância a estruturação física e a atividade biológica do solo.

Com relação à adubação, Villa enfatizou a necessidade de ter uma análise de solo para saber o que a planta precisa e os dados de pesquisa que mostram que raramente os adubos foliares são indicados. "A adubação foliar apresenta um custo elevado para o produtor se feita sem critério técnico", afirma.

O agrônomo também explicou sobre a inoculação ou coinoculação de sementes que, de acordo com ele, mesmo em área em que já tenha sido cultivada soja, pode representar um acréscimo de até 10% na produtividade, além de ter um custo bem baixo (de R$ 5 a 10 por hectare) e ser recomendada pela Embrapa.

O engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, João Becker, explanou sobre tecnologia de aplicação de produtos fitossanitários, destacando os fatores que envolvem uma boa aplicação: equipamentos, aplicador, condições ambientais e produto. "O aplicador tem que conhecer as características dos produtos, o equipamento e sua manutenção, a relação produto/alvo, as condições climáticas, realizar uma boa regulagem e ter sensibilidade na tomada de decisão para fazer uma aplicação de qualidade", disse Becker.

Na última estação, os fiscais estaduais agropecuários Mauricio Santini e Altemar Magnabosco, falaram sobre como o produtor deve proceder desde a compra até o descarte de embalagens vazias e produtos vencidos, tríplice lavagem e armazenamento na propriedade rural, destacando como deve ser a construção do espaço e organização dos vasilhames. De acordo com eles, o agricultor precisa estar atento ao uso dos equipamentos de proteção individual, desde o preparo da calda, na aplicação e na limpeza das embalagens.

Também é fundamental que se observe as condições climáticas para a aplicação, como temperatura entre 15 e 30 graus e umidade relativa superior a 60%. Já a armazenagem dos agrotóxicos deve ser feita em local isolado, construído com material não inflamável, de uso exclusivo para esses produtos, com espaço para ventilação, chão impermeável em caso de vazamento e distante, pelo menos, 30 metros da moradia. Os produtos vencidos em embalagens lacradas devem ser devolvidos para a empresa fabricante e as embalagens encaminhadas para Cimbalagem em Passo Fundo.

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