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O produtor rural de Sorriso, Deonei Anese, iniciou há dois meses a construção de um silo com capacidade de armazenagem de 6 mil toneladas. Jefferson Luiz Casteli, de Primavera do Leste, decidiu investir em um de 40 mil toneladas de capacidade. Os dois foram incentivados pelas rodadas técnicas do projeto Armazena MT, coordenado pela gerência de Política Agrícola da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja).
“O pontapé inicial foi a Aprosoja, onde fomos incentivados a investir e vi que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estava agilizando as coisas. Antes, já tinha planejamento, mas era inseguro por causa da burocracia”, conta Anese, que é delegado suplente do Núcleo de Sorriso.
Já Casteli tinha planos de construir um silo pulmão – que é montado entre a moega e o secador com o objetivo de conservar os grãos enquanto aguardam a secagem, com capacidade entre 5 mil e 10 mil sacas. “Depois da rodada técnica no Núcleo, verificamos que havia possibilidade de financiar pelo Fundo Constitucional do Centro Oeste (FCO) e fomos mais ousados. Com limite aprovado, o projeto saiu em 15 dias”, afirma.
Os dois agricultores contaram suas experiências às equipes técnicas que trabalharam no Circuito Tecnológico Etapa Soja, em outubro. Para Frederico Azevedo, gerente de Política Agrícola da entidade, há a demanda dos agricultores para o investimento em armazenagem e há recursos nos agentes financiadores.
“O projeto Armazena MT busca mostrar a viabilidade disto tudo e criar situações como encontramos no campo: produtores rurais percebendo que a armazenagem gera renda”, diz. O gerente acredita que as conversas realizadas com os agentes financeiros estão surtindo efeito, pois os relatos são de agilidade nos processos.
Deonei Anese conta que investirá R$ 3,6 milhões no silo e o limite de crédito foi aprovado em três dias pela instituição bancária. O BNDES financia 90% da obra e 10% são recursos próprios, por meio do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA).
O Armazena MT busca realizar ações de suporte a projetos de financiamento, fazendo a ponte com os agentes financeiros. Novas ações do projeto estão programas para 2018, como palestras técnicas, oficinas e rodadas regionais.
“Investir em armazenagem significa comodidade, facilita a logística, agiliza a colheita e, mais ainda, é uma segurança para o agricultor que tem o produto na sua propriedade”, finaliza Casteli.
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