dia de campo

a
Esqueceu a senha?
Quero me cadastrar
     21/11/2024            
 
 
    
Sanidade Vegetal      
Algodão resistente ao bicudo
Expectativa é que em 10 anos a semente esteja disponível ao produtor
Comente esta notícia Envie a um amigo Aponte Erros Imprimir  
Edna Santos, Embrapa Algodão
05/09/2017

Será assinado nesta quarta-feira (6), na sede da Embrapa, em Brasília, um acordo de cooperação para o desenvolvimento de algodão transgênico resistente ao bicudo do algodoeiro (Anthonomus grandis), principal praga do cultivo. A pesquisa envolverá duas Unidades da Embrapa – Algodão e Recursos Genéticos e Biotecnologia - e o Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), com financiamento da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), através do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA). A praga afeta todas as regiões produtoras do Brasil e representa um custo adicional de US$ 250 por hectare, além das perdas de produtividade e impactos sobre a saúde humana e meio ambiente. Nesta primeira fase do projeto, serão investidos aproximadamente R$ 18 milhões ao longo de 5 anos.

O chefe-geral da Embrapa Algodão, Sebastião Barbosa, explica que a Unidade já vem trabalhando no desenvolvimento de plantas resistentes ao bicudo, mas a injeção de recursos externos vai acelerar as atividades nesse projeto. “Já estamos trabalhando na modificação de plantas do algodoeiro, introduzindo genes da bactéria Bacillus thuringiensis, que produz toxinas letais para alguns insetos. O trabalho vem sendo realizado em laboratórios e casas de vegetação, havendo ainda muitas etapas a serem percorridas até que uma planta resistente possa ser cultivada comercialmente. Nossa expectativa é de que em 10 anos possamos ter a semente desse algodão resistente ao bicudo disponível ao produtor”, afirma.

Denominado Plataforma do Algodão, o projeto terá componentes de curto, médio e longo prazos que permitirão o desenvolvimento de tecnologias diversificadas para combate ao bicudo. Entre as etapas do projeto estão a prospecção de genes e promotores moleculares, a transformação genética de plantas de algodão e estudos da eficiência das plantas transgênicas no controle do bicudo em laboratório, casa de vegetação e a campo.

O chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Algodão, Liv Severino, revela que nos trabalhos prévios já estão sendo obtidas plantas que impedem a sobrevivência do bicudo. “É apenas o primeiro passo, mas nos deixa otimistas de que conseguiremos desenvolver plantas que propiciem controle eficaz dessa praga. A Plataforma do Algodão pretende ser um trabalho continuado que desenvolverá novas opções de combate ao bicudo além da tecnologia Bt que está sendo considerada nessa primeira fase”, declara.

O coordenador da Plataforma do Algodão na Embrapa, pesquisador Jaime Cavalcanti, conta que as ações serão executadas em Campina Grande e Goiânia, onde as plantas transformadas por todos os parceiros serão avaliadas quanto a transformação genética para resistência ao bicudo do algodoeiro. “Inicialmente serão conduzidos bioensaios em casa de vegetação com as plantas que já haviam sido transformadas pela equipe da Embrapa Algodão e, posteriormente, com as novas plantas desenvolvidas ao longo do projeto. Para isto, essas plantas serão desafiadas contra o bicudo em diferentes fases de desenvolvimento do inseto. As plantas selecionados serão avaliados por meio de diversas técnicas moleculares para confirmar a presença e a expressão dos transgenes e suas toxicidades”, informa.

Bicudo do algodoeiro
Mais de três décadas após a sua chegada ao Brasil, o bicudo do algodoeiro permanece como o maior problema fitossanitário do cultivo e encontra-se disseminado por todas as regiões produtoras de algodão. “A grande disponibilidade de alimento e abrigo causada principalmente pela destruição ineficiente dos restos de plantas da safra anterior permite ao bicudo alta capacidade de sobrevivência e reprodução”, afirma o pesquisador da Embrapa Algodão, entomologista José Ednilson Miranda.

Apesar de já existirem no mercado várias opções de algodão geneticamente modificado resistentes a lagartas, ainda não existe algodoeiro resistente ao bicudo, o qual sozinho é responsável por mais de 10% dos custos totais de produção do algodão. Os produtores de algodão fazem cerca de 15 aplicações de inseticida numa única safra e há casos em que esse número chega a 40 aplicações.

Aviso Legal
Para fins comerciais e/ou profissionais, em sendo citados os devidos créditos de autoria do material e do Jornal Dia de Campo como fonte original, com remissão para o site do veículo: www.diadecampo.com.br, não há objeção à reprodução total ou parcial de nossos conteúdos em qualquer tipo de mídia. A não observância integral desses critérios, todavia, implica na violação de direitos autorais, conforme Lei Nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998, incorrendo em danos morais aos autores.
Ainda não existem comentários para esta matéria.
Para comentar
esta matéria
clique aqui
sem comentários

Conteúdos Relacionados à: Cotonicultura
Palavras-chave

 
11/03/2019
Expodireto Cotrijal 2019
Não-Me-Toque - RS
08/04/2019
Tecnoshow Comigo 2019
Rio Verde - GO
09/04/2019
Simpósio Nacional da Agricultura Digital
Piracicaba - SP
29/04/2019
Agrishow 2019
Ribeirão Preto - SP
14/05/2019
AgroBrasília - Feira Internacional dos Cerrados
Brasília - DF
15/05/2019
Expocafé 2019
Três Pontas - MG
16/07/2019
Minas Láctea 2019
Juiz de Fora


 
 
Palavra-chave
Busca Avançada