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Joseani M. Antunes, Embrapa Trigo
03/07/2017
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A pressa para finalizar a semeadura das lavouras de inverno pode aumentar os riscos com giberela. A pesquisa recomenda escalonamento da semeadura dos cereais de inverno e o investimento em cultivares de ciclos diferentes para evitar que o espigamento de toda a lavoura ocorra na mesma época, potencializando os danos.
A doença giberela, causada pelo fungo Gibberella zeae (Fusarium graminearum), é o principal problema que afeta as espigas de lavouras de trigo, cevada e triticale no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e região centro-sul do Paraná. Nestas regiões o ambiente exerce influência direta sobre a doença onde períodos frequentes de alta umidade do ar com precipitação pluvial em dias consecutivos e temperatura entre 24 e 30ºC, potencializam a ocorrência de epidemia.
O fungo causador da giberela ataca as espigas, comprometendo o rendimento e a qualidade dos grãos. O período de suscetibilidade das espigas é longo, a partir do espigamento até a fase final de enchimento de grãos. Quando a espiga é afetada nos primeiros estágios, o grão não é formado e a maioria dos que se formam são perdidos no processo de colheita por serem mais leves. Além do rendimento, o grão com giberela pode estar contaminado com micotoxinas, que comprometem a saúde humana e causam complicações digestivas nos animais.
Atualmente, não existem cultivares de trigo indicadas para plantio com bom nível de resistência à giberela. A rotação de culturas também não tem se mostrado eficiente para o controle dessa doença. A redução dos danos causados reside na adoção de cultivares menos suscetíveis, associada ao escalonamento de semeadura, diversificação de cultivares com ciclos distintos ao espigamento e uso de fungicidas que devem ser aplicados antes que ocorram condições climáticas favoráveis à infecção das espigas pelo patógeno.
Saiba mais no vídeo “Estratégias para escape da giberela”, com a pesquisadora da Embrapa Trigo Maria Imaculada Pontes Moreira Lima.
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