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Ano Novo e fica sempre a questão da educação: devo ou não devo estudar? O brasileiro oferece MBAs e Pós-Graduação em distintas áreas da formação do agronegócio, desde programas de Food Design, em uma ponta, dos chefs de cuisine, até especializações em genética, mecanização agrícola, ou MBAs internacionais.

O interessante nos programas internacionais está na diversidade de origem dos estudantes. São jovens, e em sua grande maioria vindos de países chamados agora como economia de fronteiras, ou seja, locais ainda com dificuldade, PIB errático, renda per capita baixa, questões jurídicas e complexas de sistemas de governo.

Mas esses jovens formam e vão se formando diferenciadamente. Todos eles trazem uma grande vontade empreendedora, a imensa maioria vem com um plano de negócios próprio e poucos com a disposição de serem funcionários de corporações.

Convivo todo ano com jovens da África, Ásia, de locais curiosos para nós como o Nepal, a Geórgia, Mongólia, e fico impressionado com o vigor, a força e a determinação de alunas africanas.

Ao virem para o Brasil cumprir aulas aqui, todos ficam maravilhados com o nosso país, e o que menos eles gostam é da hora de ir embora. O Brasil fascina esses jovens que dizem pretender voltar.

Mas, se a globalização agora está em check por proporcionar aumento da distância entre preparados e despreparados para a mesma, quando vejo pelo lado da educação, fico muito esperançoso de que na economia e na tecnologia, os gaps entre ricos e pobres se acentuam. Mas na educação, formar jovens globalizados sem dúvida significa um caminho sem volta para a ascensão.

O agronegócio ficou e já está globalizado. Não adianta imaginar que poderemos estancar a ciência e o conhecimento, e mesmo a interação dentre esses fatores em qualquer canto do planeta.

Um estudo realizado pelo professor Danny Miller, pesquisador de Montreal, com a professora Xiaowei Xu, da Universidade de Rodhe Island, constatou que o valor de mercado de empresas geridas por Ceo's com MBA caiu 20%, mais do que empresas dirigidas por diretores sem MBA. O que surpreendeu os pesquisadores.

Para mim, sem dúvida, programas que não promovam a diversidade de raças e gêneros terminam por criar gestores auto centrados e isso acaba por prejudicar a liderança numa visão de longo prazo.

E o agronegócio será sempre decisões de curto prazo que tem impactos a longo prazo.

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