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Consórcio Pesquisa Café
15/02/2016
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O Triangulo Mineiro já se prepara para mais uma edição da Feira Nacional de Irrigação em Cafeicultura - Fenicafé, de 8 a 10 de março, no Pica Pau Country Club, em Araguari. Considerada a maior feira de irrigação e tecnologia para a cadeia produtiva cafeeira, o evento tem por objetivos a discussão e a divulgação de conhecimentos, tecnologias, produtos e serviços relacionados à cafeicultura irrigada, seus avanços e desafios, e ainda apontar demandas para novos estudos. O evento é promovido pela Associação dos Cafeicultores de Araguari - ACA, com apoio da Embrapa Café, do Consórcio Pesquisa Café, da Universidade de Uberaba – Uniube e Prefeitura Municipal.
A Fenicafé reúne três grandes encontros: XVIII Simpósio de Pesquisa de Cafeicultura Irrigada, XIX Feira de Irrigação de Café do Brasil e XXI Encontro Nacional de Irrigação da Cafeicultura do Cerrado. A organização é da Associação dos Cafeicultores de Araguari – ACA, com apoio da Embrapa Café, do Consórcio Pesquisa Café, da Universidade de Uberaba - Uniube e da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, entre outros.
Referência nacional e internacional para discussão de aspectos relevantes da cafeicultura irrigada, a Feira tem contribuído para a crescente adoção dessa tecnologia no Brasil. De acordo com o Pró Reitor da Uniube e membro da comissão organizadora da Fenicafé e do Simpósio Brasileiro de Pesquisa em Cafeicultura Irrigada, Prof. Dr. André Luís Teixeira Fernandes, em 1995, havia pouco mais de 5 mil hectares de café irrigado no país. Hoje, 19 anos depois, já são 300 mil hectares – que equivalem a pouco mais de 12% da área cultivada no Brasil. "A irrigação é uma tecnologia que alia produtividade a qualidade. O resultado desse trabalho é que o agronegócio café em Minas Gerais gera mais de 4 milhões de empregos diretos e indiretos, o que mostra sua importância não só econômica, mas também social para o Brasil".
Entre os destaques da programação, estão onze palestras a serem ministradas por analistas econômicos, empresários, professores universitários, consultores, pesquisadores e autoridades: "Perspectivas do mercado de café a médio e longo prazos" (Jefferson Carvalho, analista econômico Rabobank), "Qualidade do café na visão dos produtores empresários" (Proprietária da Daterra), "A importância do acompanhamento da lavoura na fertirrigação do cafeeiro" (professor Roberto Lyra Vilas Bôas, UNESP/Botucatu), "Fertilizantes em fertirrigação: aproveitamento pelo cafeeiro e vantagens/desvantagens da nutrição exclusiva via sistema de irrigação" (Luiz Dimenstein, consultor de fertirrigação, ICL Brasil), "Manejo de irrigação visando o máximo aproveitamento técnico e econômico dos sistemas de irrigação" (Everardo Chartuni Mantovani, da UFV), "Qualidade sensorial do café condicionada ao déficit hídrico" (Pierre Marraccini, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia), "Importância do Manejo Integrado de Pragas (MIP) no manejo de resistência dos defensivos agrícolas" (Geraldo Papa, UNESP Ilha Solteira), "Disponibilização dos nutrientes ao cafeeiro pelos microrganismos do solo" (Fernando Dini Andreote, do Departamento Ciência do Solo, ESALQ/USP), "Queda de frutos chumbinhos: motivos fisiológicos e o que fazer para um melhor aproveitamento e pegamento da florada" (José Donizete, professor da Ufla), "Nutrição na pós-colheita do café e relações com a fitossanidade" (Roberto Santinato, do Mapa Procafé), "Impacto do manejo de plantas daninhas na produtividade e aproveitamento dos nutrientes pelo cafeeiro" (Cláudio Pagotto Ronchi, da UFV).
Simpósio de pesquisa
O XVIII Simpósio Brasileiro de Pesquisa em Cafeicultura Irrigada, a ser realizado no dia 9 de março em Araguari-MG como parte da programação da Fenicafé, apresenta e debate os resultados de trabalhos de pesquisa e tecnologias com ênfase no uso correto da irrigação, proporcionando ganhos significativos em produtividade e qualidade. Conta com o apoio da Associação dos Cafeicultores de Araguari, do Consórcio de Pesquisa Café, da Embrapa Café e da Sociedade Brasileira de Engenharia Agrícola SBEA.
O Simpósio contará com a participação do gerente geral da Embrapa Café, Dr. Gabriel Bartholo, do Pró Reitor da Uniube, Prof. Dr. André Luís Teixeira Fernandes, do presidente da Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem – ABID, Dr. Helvécio Saturnino, e do presidente da Associação dos Cafeicultores de Araguari – ACA, Cláudio Rebolo, além de pesquisadores e professores de instituições participantes do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Para informações sobre o andamento dos trabalhos enviados para publicação nos anais do evento, acesse a homepage do simpósio (www.fenicafe.com.br). O Comitê Científico do Simpósio emitirá o primeiro parecer até o dia 12 de fevereiro de 2016, devendo as correções finais serem feitas no site até o dia 20 de fevereiro de 2016.
Públicos
Diferencial do evento, os trabalhos científicos são apresentados, especialmente, para os cafeicultores e técnicos, maior público da feira, e a comunidade científica. Há ainda a participação de estudantes e profissionais e empresários rurais e da agroindústria de todas as regiões cafeeiras do Brasil, o que permite que esse conhecimento atinja também esse público, estratégico para a cultura do café. Com aproximadamente uma centena de expositores de produtos e serviços voltados ao setor e volume de negócios superior a 30 milhões de reais, a feira é também excelente oportunidade de atualização e geração de novos e melhores negócios. Espera-se a participação, nos três dias da feira, de aproximadamente 1500 inscritos nas palestras e um público flutuante de 20 mil pessoas, vindas de mais de 100 cidades brasileiras.
O café em Minas Gerais
O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo, sendo responsável por mais de 30% da produção. Minas Gerais possui o maior parque cafeeiro do país (aproximadamente um milhão de hectares), respondendo por mais de 51% da produção nacional. O café é o principal produto de exportação do agronegócio mineiro, vendido para mais de 60 países. O café mineiro é produzido em 80 mil propriedades rurais de 682 municípios, muitos dos quais tem suas receitas dependendo quase que exclusivamente do café. Junto com a mineração, o café é um dos responsáveis por levar Minas Gerais a ter um dos maiores PIB´s do Brasil.
Segundo a primeira estimativa de safra de café da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, a produção de café do em Minas Gerais está estimada em 27.739.600 sacas na safra 2016, com variação percentual de 2,7% para mais ou para menos, com intervalo de produção entre 26.991.400 sacas e 28.487.000 sacas. A área em produção deve totalizar 1.032.874 hectares, superior em 6,6% em comparação à safra passada, e a produtividade média do estado está estimada em 26,86 sc/ha, 16,65% acima do resultado obtido na safra 2015.
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