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Carlos Dias, Embrapa Solos
12/02/2014
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Em 2012 a Embrapa reavaliou e fez alguns ajustes no seu sistema de gestão. Uma das novidades foi o conceito de "rede de projetos", que poderiam ter a forma de arranjos ou portfólios corporativos. Coube à Embrapa Solos estar à frente do arranjo de solos, que recebeu o nome de SolosBR.
Um arranjo é um conjunto de projetos convergentes, complementares e sinérgicos organizados para fazer frente a desafios em determinado tema, com mais de um centro de pesquisa participando. O SolosBR, por exemplo, prevê o planejamento de projetos no tema na Empresa pelos próximos 10 anos.
"Iniciamos os debates sobre o SolosBR em fevereiro de 2012 com todos os pesquisadores da UD, em reuniões e diversas formas de apresentação de sugestões e propostas. Foram oito meses de discussões até concluirmos o trabalho. Outras onze UDs da Embrapa estão envolvidas", diz o pesquisador da Embrapa Solos Ademir Fontana. Ele faz parte do grupo gestor do arranjo ao lado de pesquisadores da Embrapa Agrobiologia, Embrapa Agrossilvipastoril, Embrapa Caprinos e Embrapa Trigo.
O SolosBR se estruturou em três linhas temáticas: LT1: métodos e tecnologias de identificação de solos, LT2: integração e avaliação da informação de solos e, LT3: organização, disponibilização e transferência da informação em solos. A estratégia visa separar os projetos de ciência do solo strictu sensu (LT1) daqueles voltados para o uso agrícola do solo (LT2) e aqueles com foco em capacitação e transferência de tecnologia (LT3).
"Costumávamos ter dificuldades para aprovar projetos em pedologia. Creio que o SolosBR pode vir a ser um facilitador para a aprovação de projetos, não só em pedologia como em métodos e análises também, por exemplo. Neste momento abre-se uma nova gama de oportunidades de pesquisa nas diversas áreas da ciência do solo e as propostas poderão ser inseridas com abertura de edital para arranjo’’, diz Ademir.
O Arranjo SolosBR também possui interfaces com outros arranjos, portfólios e redes da Embrapa, como a Rede FertBrasil, monitoramento da dinâmica do uso e cobertura da terra, mudanças climáticas e as rede de agricultura de precisão e sistema plantio direto, por exemplo.
"Nossos macroprogramas de pesquisa a partir de agora estão inseridos em arranjos ou portfólios. Creio que a organização em arranjos permitirá à Embrapa buscar resultados de maneira mais efetiva, organizar melhor seu orçamento e até planejar a gestão de recursos humanos", conclui o cientista.
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