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Café: extensão rural é via para qualidade e sustentabilidade
Trabalhos de pesquisa e fomento são fundamentais para a diversificação, melhoria da qualidade e aumento da produtividade das lavouras
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Embrapa Café
13/08/2013

O Consórcio Pesquisa Café, ao longo dos 16 anos de existência, vem celebrando convênios de cooperação técnica e financeira com entidades de extensão rural, Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuária – Oepas e universidades localizadas pelas regiões produtoras. Durante os 16 anos de parceria, a produção brasileira de café quase triplicou. Com praticamente a mesma área cultivada, o País, que antes produzia 18,9 milhões de sacas de café por ano, passou a produzir 48,5 milhões.

A pesquisa cafeeira é hoje o pilar central da cafeicultura sustentável no Brasil. Os trabalhos de pesquisa e fomento são fundamentais para a diversificação, melhoria da qualidade e aumento da produtividade das lavouras. As tecnologias desenvolvidas repassadas aos produtores por meio da assistência técnica e extensão rural trazem melhorias na renda e na qualidade de vida do homem do campo.

A presença de entidades de extensão rural no Consórcio tem colaborado para que os resultados da pesquisa cheguem ao produtor de forma mais planejada e eficiente. Conheça essas instituições e suas principais ações nos seis maiores estados produtores: Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Bahia e Rondônia.

Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG)
Recente convênio firmado pela Embrapa Café com a Emater-MG estabelece cooperação técnica para transferência, a pequenos e médios produtores, de tecnologias do Consórcio Pesquisa Café, por meio do Programa de Treinamento em Cafeicultura.

Cento e setenta extensionistas capacitados com recursos do convênio entre Emater – MG e Embrapa transmitirão tecnologias desenvolvidas no âmbito do Consórcio Pesquisa Café para cerca de 2.400 produtores – especialmente de pequeno e médio porte, e a suas associações/cooperativas em 126 municípios.

Segundo a Emater-MG, o estado de Minas Gerais possui o maior parque cafeeiro (1.247,11 mil hectares) do País e responde por mais de 51% da produção brasileira de café. O avanço tecnológico já obtido nos últimos anos na pesquisa cafeeira e sua aplicação permitiu o aumento de aproximadamente 71% na produção com apenas 14,5% na área plantada. O agronegócio café em Minas Gerais, que tem mais de 1 milhão de hectares plantados, gera mais de 4 milhões de empregos diretos e indiretos, o que mostra sua importância não só econômica, mas também social para o Brasil.

Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper)
O Instituto tem mais de 25 anos de pesquisa e extensão com café conilon no Espírito Santo, ocupando a posição de maior produtor de conilon do Brasil. A estimativa de produção cafeeira no Estado é de 12,5 milhões sacas, sendo que 26,45% será de café arábica, e 73,55% de café conilon. O objetivo das pesquisas realizadas pelo Incaper é aumentar a produtividade e a qualidade do café, presente em todos os municípios do estado.

O Incaper destaca-se no desenvolvimento e recomendação de variedades, irrigação, manejo de pragas e doenças, nutrição da planta e manejo da cultura, envolvendo, sobretudo, a poda do café. Entre os projetos do Instituto, estão: a Poda Programada do Conilon, o Programa de Melhoramento Genético, incluindo o Banco de Germoplasma de café. O Incaper, uma das instituições fundadoras do Consórcio Pesquisa Café, lançou, no mês de junho de 2013, três novas variedades clonais de café Conilon: Diamante Incaper 8112, Jequitibá Incaper 8122 e Centenária Incaper 8132.

Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati–SP)
Referência nacional na área de assistência técnica e extensão rural, a Cati vem atuando na cafeicultura desde o início de suas atividades, em 1967.

A Coordenadoria submeteu à apreciação do Consórcio Pesquisa Café projeto de avaliação de seis grupos de clones de café Conilon e Robusta, com maturação diferenciada, nos municípios de Cafelândia, Getulina e Lins.

O Estado é o terceiro maior produtor de café no Brasil e estima-se que a produção seja acima de 4,2 milhões de sacas em 2013. Tal produção, exclusivamente de arábica, distribui-se em duas regiões: Mogiana e Centro-Oeste Paulista, que alternam fazendas com pequenas propriedades e produzem cafés especiais em áreas específicas. A safra de 2013 deverá propiciar colheita de 4,2 milhões de sacas.

Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater–PR)
Dados paranaenses apontam para produção média de 1,71 milhão de sacas em 2013. O Estado é referência nacional em metodologia de transferência de tecnologia aos produtores. Por meio do programa Treino e Visita (implantado pelo Instituto Agronômico do Paraná em 1997 e conta, nos últimos anos, com apoio do Consórcio Pesquisa Café), profissionais da assistência técnica e extensão rural se reúnem periodicamente para trocar informações sobre o andamento da safra, uniformizar o entendimento sobre as questões técnicas relevantes verificadas no campo e, a partir daí, definir estratégias de atuação junto aos cafeicultores. O Treino & Visita opera com um grupo de 20 especialistas e 59 técnicos, que, por sua vez, acompanham diretamente cerca de 700 cafeicultores paranaenses.

Aumento da produtividade do café em cerca de 30%, redução do custo de produção do produto beneficiado e índice de 82% de adoção de boas práticas agrícolas, como adubação equilibrada e manejo integrado de pragas e doenças. Esses são alguns dos resultados do projeto Treino e Visita. O programa consolidou-se com o diferencial de avaliar o resultado efetivo da adoção de novas tecnologias, otimizando o desempenho da cafeicultura do Paraná.

Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA)
O Programa Café da EBDA desenvolve ações que trabalham a qualidade e o potencial de exportação do produto. Em parceria com o Consórcio Pesquisa Café, a linha temática dos projetos em desenvolvimento é a cafeicultura irrigada. Entre as tecnologias difundidas no Estado, destacam-se o estresse hídrico controlado, a adubação fosfatada e o cultivo de braquiárias nas entrelinhas do cafeeiro – desenvolvidas pela Embrapa Cerrados com recursos do Consórcio Pesquisa Café.

Na Bahia, como 86% dos produtores envolvidos com a cafeicultura são classificados como mini ou pequenos, o incentivo e o apoio à agricultura familiar é também um dos grandes objetivos da EBDA. A iniciativa é consequência de uma política estratégica para garantir segurança alimentar e nutricional, proporcionar a inclusão social e permitir o desenvolvimento sustentável de diversas regiões produtoras, que apresentam grande potencial para a produção de cafés de excelente qualidade. Exemplo disso é o “café do Papa”, consumido pelos cardeais do Vaticano. A cada safra, produzida na Chapada Diamantina/BA, são preparadas 30 exclusivíssimas sacas para o suprimento do Vaticano. Trata-se de um café 100% arábica, cereja descascado e orgânico com, pelo menos, 85 pontos na escala da Sociedade Americana de Cafés Especiais - SCAA.

Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater–RO)
A Associação trabalha em prol da geração de emprego e renda e de novos postos de trabalho para o produtor rural e suas organizações, com foco na potencialização de atividades produtivas agrícolas voltadas à oferta de alimentos e matérias-primas para agroindustrialização.

Segundo Samuel Oliveira, chefe da Área de Transferência de Tecnologia da Embrapa Rondônia, o governo do estado, em parceria com a Emater, Embrapa e outros parceiros, pretende implantar o Plano de Revitalização da Lavoura Cafeeira em Rondônia. O Plano quer aumentar a produção e a produtividade do café no estado, aumentando a competitividade da cafeicultura estadual. Prevê a escolha de uma equipe exclusiva para prestar assistência técnica focada e intensiva. A Embrapa cuidará da capacitação de técnicos da Emater - RO para que estes possam transmitir conhecimentos e novas tecnologias aos cafeicultores da região. A proposta prevê, ainda, a promoção da nova variedade de café lançada no estado pela Embrapa, a Conilon BRS Ouro Preto, que alcança a produtividade de 70 sc/ha.

Em 2013, a produção de café com qualidade em Rondônia foi o foco de treinamentos em colheita e pós-colheita realizados pela Embrapa e parceiros em Ouro Preto do Oeste, a 330 quilômetros de Porto Velho (RO). Cerca de 70 técnicos extensionistas foram capacitados para levarem aos cafeicultores as inovações e tecnologias de baixo custo e voltadas para a agricultura familiar.

Os vários cafés do Brasil
Devido à diversidade de regiões ocupadas pela cultura do café, o País produz tipos variados do produto, fato que possibilita atender às diferentes demandas mundiais, referentes a paladar e preços. Essa diversidade também permite o desenvolvimento dos mais variados blends, tendo como base o café de terreiro ou natural, o despolpado, o descascado, o de bebida suave, os ácidos, os encorpados, além de cafés aromáticos, especiais e de outras características.

Avanços da cafeicultura no Brasil
Segundo o Informe Estatístico do Café - Dcaf/Mapa - a produção e a produtividade do café, em 1997, quando da criação do Consórcio Pesquisa Café, era de 2,4 milhões de hectares de área cultivada, com produção de 18,9 milhões de sacas de 60kg e produtividade de 8,0 sacas/hectare. Passados 16 anos, em 2013, de acordo com o segundo levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab (maio/2013), com praticamente a mesma área cultivada – 2,3 milhões de hectares – o País deverá produzir 48, 5 milhões de sacas, com produtividade de 23,8 sacas/ha.

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