O aumento da população mundial, a elevação da renda em países em desenvolvimento, a utilização do milho para produção de biocombustível (etanol) e as secas ocorridas nos Estados Unidos tem provocado um crescimento na demanda de grãos que levaram as suas cotações a patamares jamais imagináveis.
Esse tem sido um quadro muito positivo e oportuno para os produtores rurais brasileiros que estão sendo conclamados pelo Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) a responder ao desafio de aumentar em 40% a produção de alimentos até o ano de 2050, para atender as necessidades dos 9 bilhões de habitantes.
Para responder a esse desafio temos apenas dois caminhos. O primeiro, aparentemente mais fácil e mais barato é aumentar a área de produção. O segundo, mais complexo e mais oneroso é aumentar a produtividade nas áreas já cultivadas.
O Brasil, felizmente, é um dos poucos países que tem condições de trilhar pelos dois caminhos, porém a sociedade tem se manifestado a favor da segunda opção.
Não é por sorte, mas sim fruto de muito esforço dos produtores, da pesquisa e das empresas do agronegócio que o nosso país tem um conjunto de tecnologias desenvolvidas para a agricultura tropical que o tornam capaz de multiplicar a produção de alimentos nas áreas já cultivadas, através da recuperação de áreas degradadas, em especial de pastagens, e da intensificação da produção nas áreas de lavouras, por meio da diversificação de atividades e do aumento da produtividade.
Para recuperar as áreas degradadas e para aumentar a produtividade nas áreas cultivadas é fundamental conhecer bem as condições do solo. Uma das suas principais características a ser avaliada é a fertilidade. Atualmente, a fertilidade dever ser analisada nos seus três aspectos: químico (pH, nutrientes, matéria orgânica etc.), físico (textura, densidade, infiltração etc.) e biológico (biomassa, atividade biológica, pragas, doenças etc.).
A melhoria da fertilidade do solo pode ser alcançada com a adoção de sistemas de produção mais equilibrados como o sistema plantio direto, a integração lavoura-pecuária e a integração lavoura-pecuária-floresta.
Esses sistemas demandam o conhecimento detalhado das áreas e principalmente, o planejamento das ações, pois a adoção de novos cultivos implica no aumento da complexidade na gestão do empreendimento. O monitoramento da fertilidade do solo passa a ter papel preponderante no sucesso dos cultivos para obter-se altas produtividades.
Visando auxiliar técnicos e produtores no manejo da fertilidade do solo na região dos cerrados, a Campo realizará o Seminário de Manejo da Fertilidade do Solo em Sistemas de Produção de Lavoura, Pecuária e Floresta, nos dias 21 e 22 de fevereiro, em Paracatu-MG, comemorando os seus 35 anos. Mais informações no site www.campo.com.br
|
Luís Adriano Alves Pinto
16/02/2013 - 14:06
A matéria sem dúvida é esclarecedora e coloca exatamente uma discussão sobre o que é ter uma pecuária rentável com maior produção de massa e consequentemente maior número de cabeças/ha. Quanto aos conhecimentos detalhados do solo, há a necessidade de se contar com profissionais e/ou empresas especializadas em amostragem de solo e mapeamento nutricional do solo aliado a ações de preservação e recuperação de solos degradados. Acredito que o uso dos princípios voltados para agricultura de precisão ao ser mais popularizados, farão com que o Brasil possa cumprir com o seu papel.
Marco Malburg
16/02/2013 - 17:31
Sem dúvida as premissas são extremamente verdadeiras: aumento da população mundial, com correspondente aumento da demanda de alimentos, sem que para isso seja necessário a abertura de novas áreas, melhorando a produtividade e trabalhando intensamente NOVOS SISTEMAS, especialmente ILPF.
Maurício Carvalho de Oliveira
18/02/2013 - 08:42
O Brasil, como enfatiza o colega Ronaldo, tem, sim um papel relevante para a segurança alimentar da população mundial. Entretanto, o governo e a sociedade precisa acordar para a definição e implementação de políticas claras e a longo prazo, para o setor de irrigação, setor esse que tem a capacidade de até triplicar a produção e a produtividade agrícola brasileira, mas que tem, simplesmente, e ao longo dos anos, sido ignorado.
Luiz Antonio de Souza Magno
19/02/2013 - 08:55
Para que esta abordagem tenha efeito prático, o produtor deveria ser beneficiado com um programa individual de análise de solos realizados pelas empresas de extensão rural, principalmente o agricultor familiar tão desinformado e tem que pagar hoje em torno de 10,00(dez)reais por cada uma amostra a ser analisada. Só assim ele teria as informações sobre o seu solo. Só grandes agricultores realizam amostragem do solo.
Bruna Spezia
21/10/2013 - 17:15
muito obrigada me ajudou bastante o texto que se passa é claro e consequentemente mt bom parabéns
|