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No final do ano de 2011, o Senado aprovou o texto-base do Novo Código Florestal Brasileiro que nos próximos dias 6 e 7 de Março retorna à Câmara dos Deputados para votação final. Agora, os deputados terão de optar entre a versão do projeto aprovado pela própria Câmara por ampla maioria, mas com críticas do governo e de ambientalistas, e a versão do senado.
Embora o texto-base não tenha agradado ambientalistas e ruralistas, este é um primeiro passo para a conservação da biodiversidade, desmarginalização dos produtores e, principalmente, para estimular o aumento da produtividade brasileira.
Caso seja aprovado, com leis claras e funcionais de regulamentem a preservação das matas e reservas, o produtor se verá obrigado a aumentar sua produtividade adotando técnicas que aumentem sua eficiência produtiva. Ainda que tais técnicas possam elevar os custos de produção nas cadeias agropecuárias, não há dúvidas de que proporcionarão incrementos produtivos capazes de compensar o investimento realizado na adoção das mesmas.
Hoje, somos 7 bilhões de pessoas em todo o mundo. Isto é, 7 bilhões de pessoas que demandam oxigênio, água potável, energia e alimentos. E, segundo projeções, seremos mais de 8 bilhões de pessoas até o ano de 2026.
Atualmente, apenas o setor agropecuário corresponde a 27% do PIB brasileiro e gera 37% dos empregos no País. Desta forma, é possível visualizar a dimensão da importância deste setor para o futuro. No setor pecuário, ocupamos, , o posto de maior produtor de proteína animal do mundo, seguidos pelos EUA e China respectivamente. Até o ano de 2020, este quadro possivelmente se manterá, sendo que o Brasil deverá responder por 44% do mercado mundial de carne. Uma grande oportunidade de crescimento econômico e visibilidade mundial, quepor outro lado, exigirá uma grande responsabilidade social do País, que possui 190 milhões de pessoas para alimentar.
No entanto, para que possamos tornar competitivos no mercado, crescendo de maneira sustentada (curto, médio e longo prazo) e sustentável, são necessárias leis viáveis do ponto de vista preservacionista e produtivo. Todavia, ainda necessitamos buscar com afinco o aumento da eficiência produtiva e a criação de políticas públicas que forneçam garantias aos produtores, além de melhorias gerenciais e sanitárias. Ainda assim, será fundamental a formação de parcerias com mercados emergentes da China, Rússia e Oriente Médio para que possamos alimentar esta massa crescente de seres humanos e fazer do Brasil um país atento às demandas das gerações futuras e economicamente forte.
*Rafael Mendes é supervisor técnico-comercial da PRODAP Nutrição Inteligente. Formado em Zootecnia, possui experiência em diversas produções pecuárias em todo o país.
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