De relevância científica, estratégica e política, a busca por alternativas para produção de energia renovável se intensificou nesta década diante da possibilidade de escassez das fontes fósseis ainda neste século. Atendendo a estes cenários, foi publicado em 2006 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) o Plano Nacional de Agroenergia 2006-2011 (PNA), apresentando formalmente o apoio do Governo Federal no desenvolvimento de ações para tornar o Brasil uma potência em agroenergia. Isso porque o país possui grande extensão territorial, um grande número de ecossistemas e a disponibilidade de muitas fontes naturais de energia, dentre elas as de origem vegetal e animal.
Após a publicação do PNA, criou-se também em 2006 o Centro Nacional de Pesquisa de Agroenergia, uma Unidade Descentralizada da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) cujo acrônimo é Embrapa Agroenergia. Esta é uma Unidade Descentralizada de médio porte, composta por 53 a 162 empregados, atualmente com 90 vagas autorizadas pela Diretoria da Empresa. O corpo técnico e administrativo da Unidade contava com 85 empregados até Dezembro de 2011, sendo que 30 chegaram à Unidade em 2011. Mais de 60% do corpo técnico e administrativo atual do CNPAE tem alto grau de formação acadêmica (Mestrado e Doutorado), corroborando para a excelência na execução das atividades científicas e gerenciais.
Um fato importante advindo da expansão da Unidade é a alta participação do corpo de empregados em cursos e eventos gerenciais e técnico-científicos. As participações se deram em cursos, workshops, seminários, inaugurações, palestras, reuniões, visitas técnicas, congressos, convenções, dias de campo, exposições, feiras e mesas redondas realizados em âmbitos locais, regionais, nacionais e internacionais. Isso corrobora para ampliação da prospecção de temas de pesquisa e parceiros de projetos, além da formação gerencial necessária para a coordenação das atividades técnicas. Foram 123 participações em 2011, totalizando carga horária de 6.305 horas.
O ano de 2011 também foi importante para a consolidaçao do portfólio de projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação. Foram submetidas 65 propostas a fontes internas (Sistema Embrapa de Gestão – SEG) e externas de fomento (CNPq, FINEP, BNDES e FAPESP), além de chamadas de parcerias nacionais e internacionais. Até o final do ano, foram aprovadas quase 40% das submissões, um número considerado expressivo diante da alta concorrência nas chamadas de projetos publicadas no Brasil e no exterior. Com este reforço, a carteira de projetos da Embrapa Agroenergia expandiu 20% e conta atualmente com 42 projetos, liderados ou em parceria. Conta também com parceiros de peso, como Instituto Nacional de Tecnología Agropecuaria (Argentina), Fundação Oswaldo Cruz, Universidade de Brasília, Plant Research International B.V. (Holanda), Universidade Estadual de Campinas e Universidade Federal do Rio de Janeiro, além de diversas Unidades da Embrapa, como Embrapa Amazônia Oriental (Belém/PA), Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS), e Embrapa Instrumentação (São Carlos/SP), Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília/DF) e Embrapa Semiárido (Petrolina/PE).
Para ampliação deste portfólio e a execução de estudos científicos e tecnológicos em temas estratégicos, a Embrapa Agroenergia realizou em 2011 e realizará em 2012 eventos para agregar possíveis parceiros e discutir focos de pesquisa em temas como Biorrefinarias, Metabolômica, Produção de Pinhão-manso, Destoxicação e Reaproveitamento das Tortas de Pinhão-manso e Mamona, Microrganismos em Agroenergia e Biocombustíveis de Aviação.
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CALDERÕN, J.
17/02/2012 - 12:15
Prezado SÚrgio! Bons trabalhos seguem e vÛ-se um largo espaþo para avanþos em 2012. Gostaria de salientar, pela experiÛncia em trabalhar com orgÔnicos, a utilizaþÒo da Torta de Mamona, bastante valorizada como insumo agrÝcola pela alta qualidade e procura que esta matÚria orgÔnica com sua riqueza deve ser destinada a produþÒo de alimentos, ou seja, a fabricaþÒo de fertilizantes orgÔnicos ou organominerais, isso, pois a torta traz alÚm das suas qualidades pelas concentraþ§es de nutrientes importantes para a nutriþÒo vegetal, principalmente o nitrogÛnio, a alta concentraþÒo do carbono e um agente natural sanitßrio do solo, que combate impiedosamente o nemat¾ide, ocorrÛncia de difÝcil tratamento, a ôRICINAö (proteÝna presente na semente da mamona, que permanece na torta e Ú considerada a mais potente toxina de origem vegetal, atua veementemente nos microrganismos nocivos do solo, que reduzem as produþ§es ), s¾ pela presenþa deste agente na torta de mamona e a sua concentraþÒo de carbono terÝamos argumentos suficientes para assim destinß-la exclusivamente produþÒo de fertilizantes em base orgÔnica. Uma pequena participaþÒo da Torta de Mamona em formulados de fertilizantes significa garantir um solo limpo e fÚrtil, e boa produtividade. Assim proponho nas aþ§es elencadas pela EMBRAPA Agroenergia estudar outras fontes ôde energia ôoriginßria de Tortas, podemos citar e se ater bastante ao Bagaþo do Dende, em grande estßgio de desenvolvimento no Norte do paÝs, investimentos de grande porte, como Petrobras no Parß, e que Ú largamente processado para este fim nos paÝses sul asißticos, como a Malßsia. Peþo que discutam e alinhem aþ§es Ós biomassas que nÒo teriam grande valor para a produþÒo de alimentos, para produþÒo de energia. Grato,
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