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Funed lança atlas com orientação para análise da qualidade do café
A publicação reúne informações sobre o processo produtivo do café, plantio, colheita, processamento e armazenamento, como também a morfologia e histologia do fruto e identificação de fraudes usuais
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Funed
09/02/2012
Laboratórios de todo o Brasil, que realizam análises de vigilância sanitária de controle da qualidade do café consumido no país terão, a partir de agora, uma nova fonte de consulta, orientação e apoio técnico. É que a Fundação Ezequiel Dias (Funed), juntamente com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), lançaram nesta quarta-feira (08/02) o “Atlas de Microscopia de café torrado e moído (Coffea sp)”. 
 
A publicação reúne informações sobre o processo produtivo do café, plantio, colheita, processamento e armazenamento, como também a morfologia e histologia do fruto e identificação de fraudes usuais. De acordo com a chefe do Serviço de Microscopia da Funed, Virgínia Del Carmen, para um trabalho de vigilância sanitária eficaz, muitas vezes é necessário apontar a origem da contaminação de um produto. Ou seja, não basta identificar, é preciso apontar em que momento do processo de fabricação o problema aconteceu. “Daí a importância do Atlas que, de forma ilustrativa e didática, apresenta a metodologia de análise para avaliação da qualidade deste produto tão comum na casa dos brasileiros”, afirma Virgínia.
 
As previsões de safra divulgadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no dia 10 de janeiro deste ano, indicam que Minas Gerais deverá ter uma produção recorde de café e de grãos em 2012. No caso do café, a produção mineira deverá ficar entre 25,5 milhões e 27,1 milhões de sacas (60 kg). Os números superam os recordes de 2002 e 2010, quando o Estado produziu 25,1 milhões de sacas. Um motivo a mais para ressaltar a relevância do documento para garantia da qualidade do produto brasileiro.
 
Durante a solenidade de lançamento do Atlas, o deputado Carlos Mosconi (PSDB), presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, lembrou da importância do café para os avanços na economia de Minas e do Brasil e parabenizou a instituição mineira pela publicação. “Somos os maiores produtores e estamos caminhando para ser também os maiores consumidores. O café é a grande riqueza de Minas Gerais que é responsável por 50% de toda produção nacional. Quanto mais garantirmos a excelência e qualidade do produto mineiro, ainda mais contribuiremos para impulsionar a economia”, disse. 
 
De acordo com o presidente da Funed, Augusto Monteiro Guimarães, esse trabalho representa o importante papel de Minas não só como pólo produtor de café como também referência nas ações de promoção da saúde da população. “Isso confirma a seriedade e o grau de capacidade técnica dos profissionais da Fundação”, concluiu.
 
O evento contou com a presença de representantes do Sindicato da Indústria do Café de Minas Gerais, da Secretaria de Estado de Agricultura, de outros laboratórios que realizam análises de qualidade do produto e de empresas produtoras.
 
Análises de qualidade
 
Na Funed, as análises de controle de qualidade do café torrado e moído envolve três tipos de análises, realizadas em diferentes laboratórios: o laboratório de microscopia analisa as impurezas; o laboratório de micologia realiza a contagem e identificação dos fungos e o de micotoxinas analisa a quantidade presente de substâncias produzida por fungos nas amostras do fruto, do grão, do café torrado e moído. 
 
Somente em relação à análise de microscópica, em 2011, por exemplo, foram analisadas 136 amostras de café na Funed. De acordo com a chefe do Serviço, Virgínia Del Carmen, 16% (22) delas apresentaram impurezas acima da taxa permitida, que é de 2%. “Em algumas identificamos até mesmo presença de outros grãos, como milho”, afirma Virgínia. 
 
De acordo com a chefe da Vigilância Sanitária da Funed, Rita Lopes Naveira, com a experiência dos profissionais da Funed, que realizam análises de microscopia do café e de outros produtos de interesse da vigilância sanitária há mais de 20 anos, foi possível acumular dados relativos às impurezas usualmente encontradas neste produto, que foram armazenadas em banco de imagens e agora disponibilizadas no Atlas. “Esse material será de grande valia para orientação do trabalho de outros laboratórios”, afirma Rita.
 
Segundo ela, até então não existia no Brasil compêndios similares com produtos da agricultura. O Atlas produzido pela Funed em parceria com a Anvisa será distribuído, gratuitamente, para toda a Rede Nacional de Laboratórios de Saúde Pública, laboratórios parceiros em análise de café e instituições de ensino e pesquisa.
 
O Atlas está disponível para download também no site da Funed. 
 
 
Monitoramento da qualidade de alimentos
 
As análises realizadas pela Funed fazem parte do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Alimentos em Minas Gerais – Progvisa, com participação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Gerência de Vigilância de Alimentos da Secretaria Estado de Saúde (SES) e das vigilâncias sanitárias municipais. Para realizar os ensaios, a Funed recebe as amostras coletadas pelas vigilâncias sanitárias municipais e realiza análises microbiológicas, físico-químicas, microscópicas e de rotulagem em diversos produtos. 
 
Quando o resultado é insatisfatório, a Gerência de Vigilância de Alimentos da SES toma as providências cabíveis, como interdição do lote e multa. “O monitoramento é essencial para prevenir que o produto disponibilizado no mercado não seja consumido em condições inadequadas”, afirma Kléber Eduardo Silva Batista, responsável pelo Serviço de Gerenciamento de Amostras da Funed. (Sandra Leão e Aline Xavier)
 
 
 
 
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