|
|
Kamila Pitombeira
16/01/2012
|
Carregando...
Com o objetivo de proporcionar suporte tecnológico para o cultivo de arroz, feijão e outras culturas alimentares na área de abrangência do reservatório da Usina Hidrelétrica Jirau, em Porto Velho (RO), assim como a produção de fruteiras irrigadas, A Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionária da Usina, e a Embrapa Rondônia acabam de lançar o projeto “Feijão com Arroz”. Antes de tudo, esse projeto promete gerar emprego, renda e segurança alimentar para as famílias de produtores localizadas ao redor da usina. Com o projeto, há uma expectativa de aumento da produtividade das culturas. No caso da mandioca, por exemplo, espera-se dobrar o rendimento utilizando o mínimo de tecnologia.
— Faremos uma pesquisa em cima das culturas de arroz, feijão e milho que serão testadas na área de depressão da usina. A usina vai acompanhar a cheia e a seca do Rio Madeira. Então, a cota de água vai variar de 90 até 82,5, descendo e subindo. Pretendemos desenvolver tecnologias para aproveitar a área entre a cota 90 e 85, que é estimada hoje em um aproveitamento em torno de 2 mil hectares — afirma Victor Ferreira de Souza, chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Rondônia.
A outra parte do projeto diz respeito ao estudo sobre a fruticultura irrigada e a questão da cultura da mandioca, que tem grande importância social na Amazônia como um todo. Na área de terra firme, no entorno da hidrelétrica, foram reassentados os produtores rurais que tiveram que ser removidos da área de inundação da usina.
— Arroz e feijão ficam restritos à área de pulso da usina. Já na área de terra firma, estudamos a fruticultura irrigada com as culturas da banana, mamão, abacaxi, maracujá e açaí — conta o chefe de pesquisa.
Ele explica que, daqui a alguns anos, esse projeto promete impactar os produtores rurais de duas maneiras. A primeira delas seria desenvolvendo sistemas de produção com a bananeira irrigada, tanto para as cultivares tradicionais, como para novas variedades de cultivares maçã resistentes à sigatoka negra, visando o restabelecimento da exportação de banana.
— Outro ponto é que já existe no estado o zoneamento de risco climático para maracujá e mamão, que são culturas cultivadas obrigatoriamente sob condições de irrigação no estado. No entanto, ainda não existe nenhum sistema de produção definido sob condições de irrigação. É o que testaremos nessa área — diz Souza.
De acordo com ele, há uma expectativa de aumento da produtividade em todas as culturas que fazem parte do projeto. No caso da mandioca, por exemplo, espera-se dobrar o rendimento utilizando o mínimo de tecnologia. Somente no município de Porto velho, a cultura da mandioca ocupa 7 mil hectares com baixíssimo rendimento de, aproximadamente, 13t por hectare.
— A previsão é que as pesquisas comecem em março. Usaremos todos os procedimentos de difusão de tecnologia com os produtores assentados ao redor dessa área e produtores de outras regiões do estado — conta o entrevistado.
Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Rondônia através do número (69) 3901-2510.
|