Associações e Institutos voltados ao desenvolvimento agropecuário das principais regiões brasileiras produtoras de soja intensificam o aviso aos produtores rurais sobre possíveis danos ao potencial produtivo das lavouras em períodos de estiagem, como o enfrentado nas últimas semanas nos estados do Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Sojicultores devem se atentar a situações de estresse hídrico, bem como à infestação de pragas adeptas às altas temperaturas, como o ácaro branco (Polyphagotarsonemus latus), o ácaro vermelho (Tetranichus spp) e o ácaro rajado (Tetranichus urticae).
Considerada uma praga secundária, segundo a Embrapa Soja, o ácaro, quando não identificado no momento adequado, pode trazer grandes prejuízos econômicos à cultivar, devido ao desfolhamento.
As espécies apresentam características físicas de difícil visualização e se alojam na parte inferior das folhas de soja, o que requer atenção redobrada no monitoramento, o qual deve ser realizado com o auxílio de uma lupa de vinte aumentos.
O ciclo biológico da praga pode completar três semanas sob temperatura de 20º C e uma semana sob temperatura de 30º C. Cada fêmea oviposita mais de 100 ovos, resultando na produção de 50 fêmeas em uma semana e consequentes seis milhões de ácaros em quatro semanas. Esse potencial reprodutivo pode favorecer ataques severos ao plantio e quedas acentuadas na produtividade, por intermédio da sucção da seiva das plantas.
A prevenção e o controle do aumento populacional da praga deve englobar o acompanhamento de condições climáticas e a análise da área foliar. De acordo com dados da Embrapa Soja, os ácaros vermelho e rajado alteram a coloração das folhas atacadas, tornando-as primeiramente amareladas e, no caso do ácaro rajado, branco-prateada posteriormente. Já o ácaro branco garante a folha um aspecto escurecido e bronzeado, facilmente confundido com a ferrugem asiática. Vale ressaltar que o comportamento das três espécies são diferenciados. Embora todos ataquem a área foliar, o ácaro branco se alimenta preferencialmente das folhas novas e o ácaro rajado atua na região inferior da folha.
Áreas da cultura, em que há presença de ácaros, podem suportar até 30% de desfolhamento na fase anterior à floração e 15% com o aparecimento das primeiras folhas. Entretanto, faz-se necessário associar o controle químico ao biológico quando os danos excedem o limite estabelecido, afinal a queda prematura das folhas pode prejudicar significativamente os resultados de produtividade das lavouras.
Para auxiliar os sojicultores no manejo integrado do ácaro rajado, a Bayer CropScience oferece em seu portfólio o inseticida Oberon®, que atua no controle das fases de desenvolvimento (ovo, ninfa ou fase jovem e adulto) deste tipo de ácaro, por meio de ação translaminar, facilitando o controle do inseto na face inferior da folha.
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