No decorrer dos anos, as safras de soja apresentaram grandes mudanças. A produtividade e a qualidade foram ampliadas, os agricultores garantiram resultados cada vez mais representativos economicamente e a prevenção e o manejo de pragas sofreram alterações, devido ao novo cenário de composição, hábito e época de ocorrência de lagartas, por exemplo.
Espécies que anteriormente figuravam nas estatísticas de perdas da safra, hoje não têm poder de diminuição da qualidade e do potencial produtivo das lavouras. Durante anos, a lagarta-da-soja (Anticarsia gematalis) foi a principal praga a infestar o plantio da cultura no País, porém, atualmente, ela está restrita ao estado do Rio Grande do Sul. Fato que está diretamente ligado à facilidade do agricultor em controlá-la.
Diferentemente dessa espécie, as lagartas que compõem o subgrupo das falsas medideiras (Pseudoplusia; Trichoplusia e Rachiplusia), devido às características morfológicas semelhantes, ainda preocupam os produtores, uma vez que o manejo é considerado mais difícil. As falsas medideiras deixam um aspecto “rendilhado” nas folhas de soja (foto 1), têm locomoção característica de medir palmos e se empupam nas folhas – ao contrário da lagarta-de-soja que se empupa no solo.
No que diz respeito às mudanças ambientais e climáticas, hoje, além das espécies mencionadas, as lavouras de soja são infestadas por um grupo ainda maior de lagartas, com destaque para as Spodoptera eridania, Spodoptera cosmioides (foto 2) e Spodoptera frugiperda. Esta última migrou das lavouras de milho para a soja, assim como a lagarta-da-maçã (Heliothis virescens), que antes infestava somente a cultura de algodão (foto 3).
Em específico, o subgrupo das Spodopteras apresenta elevado potencial de dano nas safras, ao consumir diariamente uma grande área foliar. Para que o produtor consiga manejá-las de forma adequada é imprescindível diferenciá-las no campo, o que requer muita experiência, pois há particularidades entre as espécies. Já a lagarta-da-maçã apresentou grande ocorrência nas últimas safras de soja no Brasil. Ela se alimenta de vagens e grãos, configurando um grande prejuízo ao produtor rural, principalmente pela dificuldade em manejá-la, pois sua localização é de difícil acesso.
Vale ressaltar que outras espécies também ocorrem na cultura de soja, tornando-se um grupo de lagartas heterogêneo, entretanto nota-se que são pragas presentes na cultura durante todo o ciclo. Dessa forma, a utilização da tecnologia de aplicação, como o tratamento de sementes, é indispensável, além do uso de lagarticidas durante o ciclo vegetativo e reprodutivo da cultura, os quais preservam os inimigos naturais e têm período residual prolongado.
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