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Mato Grosso tem o maior rebanho bovino, com 29 milhões de cabeças, e é o maior produtor de grãos do Brasil. Números que colocam o estado mato-grossense numa posição crescente quando o assunto é confinamento de gado. Nos últimos 6 anos, esse sistema de engorda cresceu 548%, um índice que constata a consolidação de Mato Grosso como grande confinador. “O estado tem todas as condições de assumir o ranking de maior confinador de gado do país a médio prazo pelas condições privilegiadas que detemos”, analisou o superintendente da Acrimat – Associação dos Criadores de Mato Grosso, Luciano Vacari.
Apesar de a variação do preço da arroba do boi gordo, entre julho e novembro, ter sido de 7,2%, bem diferente nos 37,2% do ano passado, houve uma aposta de 28,9% a mais no confinamento de gado em Mato Grosso. Em 2010 foram confinados 592.834 e este ano subiu para 763.947 cabeças. O maior aumento foi registrado na Região do Médio Norte, com 72% a mais, enquanto na Oeste houve uma queda de 16,4%. “A região do Médio Norte é grande produtora de grãos e isso demonstra a verticalização da cadeia do agronegócio, transformando grãos em proteína animal”.
Essa ferramenta que o produtor usa cada vez mais para deixar o gado pronto para o abate está interferindo no ciclo da pecuária. O diferencial de preço entre maio (entressafra) e outubro (safra) que em 2006 atingiu 23,1%, em 2011 houve uma inversão e maio superou outubro em 0,6%. “Essa é uma tendência de mercado e o produtor vai ter que ficar atento, pois o confinamento vai ter um impacto direto no seu negócio e no preço da arroba do boi gordo”, analisou Vacari.
O coordenador do Imea - Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária de MT, Daniel Latorraca, observa que “o confinamento surge com a terceira safra do ano para o agricultor, que usa uma parte de sua produção para confinar”. O levantamento realizado pelo Imea constatou que 50% da composição do concentrado oferecido na alimentação do boi são produzidos pelo próprio confinador, “assim podemos analisar que o agricultor esta investindo na pecuária, no confinamento e semiconfinamento”. A composição do concentrado usado no confinamento é feita com 58% de milho, 10% de sorgo, 8% de farelo de soja, 8% de caroço de algodão, 8% de casquinha de soja, além de milheto, torta de algodão e outros itens. (Rosana Vargas)
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