Nos últimos cinco anos houve um aumento considerável na área plantada de eucalipto no município de Catanduvas no Estado do Paraná. De 2005 para cá foram plantados 95 hectares da cultura por, aproximadamente, 115 produtores. Um aumento superior a 10 % sobre a área plantada que era de 895 hectares e passou para 990.
O que está induzindo a expansão da atividade no município é a alta rentabilidade do eucalipto. Se for cultivado para lenha, um alqueire de eucalipto produz, em seis anos, entre mil e mil e duzentos metros estéreos, o que dá uma receita líquida de 20 a 25 mil reais, o equivalente a cem sacas de soja por ano. Já se for cultivado para madeira, esta receita líquida pode chegar a 200 sacas de soja por alqueire/ano.
A grande vantagem do eucalipto é a versatilidade de sua exploração, podendo ser consorciado com pastagem, para sombreamento da mesma, oferecendo conforto térmico aos animais e ajudando a proteger o pasto, tanto da geada no inverno quanto do sol no verão. Até para compor a Reserva Legal pode ser utilizado na proporção de 40% da espécie exótica (eucalipto, pinus, etc.) e 60% de nativas.
Em vista disso, o Instituto Emater está fomentando o cultivo de eucalipto e outras espécies florestais, para lenha e madeira, como forma de diversificação da propriedade e integração com outras atividades. Esta é uma maneira de dar mais sustentação econômica às famílias rurais além de gerar demanda de trabalho aos trabalhadores, uma vez que a atividade florestal requer bastante uso de mão-de-obra para o plantio, tratos culturais e corte das árvores.
Em 2008 foi realizada uma Reunião Técnica e uma Tarde de Campo e em 2010 um Dia de Campo sobre Cultivos Florestais no município, enfatizando o Sombreamento de Pastagem e a Adequação Ambiental da Propriedade.
Um exemplo é o do agricultor Claudomir Fagundes, do Reassentamento São Marcos, que plantou uma quarta de eucalipto em 2005 e cortou em 2010, produzindo 300 metros de lenha. Isso deu uma receita bruta de R$ 7.500,00 (30.000,00 por alqueire), cuja despesa total foi de R$ 900,00 por quarta (3.600,00 por alqueire) - corrigidos. Ou seja, em cinco anos o agricultor obteve 6.600 reais líquidos em uma quarta, o que daria R$ 26.400,00 por alqueire. Ressaltando, dá 2,5 vezes mais, do que a soja, por ano.
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Durival Morastico
24/01/2014 - 21:11
Srs, Bonito calculo feito por amostra de 1/4 extrapolado para um alqueire. Facil , jamais teremos liquido o valor acima. A reportagem nao levou em conta (adubo, insumos para combate formiga, as Mudas, tempo do trabalhador (mesmo sendo Proprietario), imposto , etc. E de 10 a 15 % do valor deve retornar para custeio da brota. Hoje o preç~co varia entre 25 e 30 reais (mts st). Levando em conta que o custo de plantio gira em torno de 15 mil o alqueire. como fica? Pura ilusão. 2 % sobre nota serviço, 2,3% sobre a nota do agricultor e se nao escapar do IR (entre na faixa do 15 ou 27,5%).
leonardo duchesqui
09/07/2014 - 14:55
É uma fria
Cristiano
20/05/2017 - 20:55
Boa noite. Sr. Délcio Giuliani, vai em frente...investe pra tirar a prova de suas contas aí depois me conta se é esse mesmo o resultado.
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