A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) promoveu visita técnica nesta quarta-feira (5) para jovens estudantes do Programa Transformar, na Fazenda Experimental da Empresa, em Leopoldina (Zona da Mata). Estudantes e extensionistas da Emater-MG dos municípios de Rio Pomba e Silveirânia conheceram as novas instalações para pesquisas em piscicultura da Fazenda Experimental.
O pesquisador da EPAMIG Thiago Archangelo Freato apresentou os sistemas de cultivo e as instalações como viveiro escavado, tanque-rede e recirculação de água. De acordo com Thiago, na região de Leopoldina predomina a criação de tilápia em sistema de viveiro escavado pelo fato de ser uma área com grande disponibilidade de água. “Na maioria são pequenos produtores que querem diversificação da produção em sua propriedade. Muitas vezes aproveitam o açude para produzirem para próprio consumo e também em maior escala. Segundo o pesquisador a tendência é tecnificar a produção na Zona da Mata. “A produção na região ainda é pequena, pois falta uma logística mais adequada para comercialização”, observa.
O Projeto Transformar é um programa da Emater-MG com o objetivo de promover ações que proporcionem oportunidades de aprimoramento profissional, produção, trabalho e renda para a juventude rural em suas comunidades, na perspectiva de constituição de uma nova classe rural.
Dia de Campo
A EPAMIG realizou no dia 26 de setembro, na Fazenda Experimental de Leopoldina (FELP), o dia de campo “Manejo na Piscicultura”. O evento reuniu estudantes do curso técnico em Gestão do Agronegócio das Faculdades Doctum – campus Leopoldina. O dia de campo também contou com parceria da Emater-MG.
Os pesquisadores da EPAMIG Thiago Archangelo Freato, Sadaaki Sobue e Alexmiliano Vogel de Oliveira apresentaram técnicas de manejo na produção de peixes, como sistemas de cultivo e instalações, espécies de importância econômica, reversão sexual em tilápias, manejo alimentar, desempenho zootécnico e controle de produção; o manejo na qualidade da água, ressaltando parâmetros de qualidade, monitoramento, manejo sanitário e profilaxia; e ainda o retorno econômico esperado, com ênfase no abate, comercialização de tilápias e custo de produção. Na prática, os participantes acompanharam as atividades de biometria, arraçoamento, sexagem, análise de água, preparo de viveiros e detalhes de construção.
Novo prédio para piscicultura
O dia de campo foi realizado nas novas instalações para pesquisas em piscicultura que a EPAMIG inaugurou em julho desse ano na FELP. O prédio dispõe de um galpão com sistema montado de recirculação de água para o cultivo de peixes, além de laboratório, depósito e alojamentos. A obra é resultado de um convênio firmado com a Mineração Rio Pomba Cataguases com o objetivo de realizar o repovoamento de espécies de peixes ameaçadas de extinção na Bacia do Paraíba do Sul, e conta também com o apoio das empresas Barra do Braúna Energética e CEMIG.
O sistema é constituído de 21 caixas d’água de cultivo de peixes de 1000 litros cada uma, um biofiltro que funciona baseado em processos mecânicos e biológicos de filtragem, que faz o barramento do excesso de sólidos em suspensão por meio de telas, a conversão da amônia em nitrato pela ação de bactérias nitrificantes e a posterior retirada do excesso de nitrogênio e fósforo por aguapés. O sistema de aeração é individual por caixa, por meio de um compressor de ar e sistema de aquecimento automático, com resistências, sensores e termostatos.
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