Após um longo período de preços de feijão em baixa, o mercado no mês de agosto tende a recuperar valor. Entre janeiro e fevereiro deste ano o produtor chegou a vender seu produto por R$ 91,21 em média, o que certamente desanimou os possíveis plantios que poderiam ocorrer no segundo semestre.
Com a CONAB baixando o preço mínimo para R$ 72 por saca de 60 kg e com os bons preços das demais commodities, extensas áreas de irrigação para semente de milho, trigo e algodão dependendo da região. Interessante também que a área de cana vem aumentando sobre as regiões de produção de feijão. Isto certamente ao longo do tempo impactará na produção deste valioso alimento.
Ainda neste ano devido aos fatos acima expostos poderemos ver novamente o feijão sendo chamado de vilão da inflação, pois ocorre normalmente quando os preços ultrapassam os R$ 3 por kg na prateleira do supermercado. Os produtores que tiverem oportunidade de plantar para colher ainda este ano podem ter um resultado interessante diante deste quadro.
Espera-se que a partir do final de setembro surjam os melhores momentos de venda. Isto para o feijão carioca. Já para o feijão preto pode-se dizer que o mercado segue com preços deprimidos em função da importação da China por valores abaixo do preço mínimo. Diversas lideranças do setor têm buscado sensibilizar o Ministério da Agricultura para interceder junto a CAMEX sobre um aumento do imposto de importação, visando proteger o produtor nacional de feijão preto.
Com respeito à próxima safra, diversos indicativos apontam para uma forte diminuição de área em função, justamente, do fato de que os preços durante boa parte deste ano estiveram abaixo das expectativas dos produtores.
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