Entre o último dia de junho e o último de julho, o preço do boi gordo subiu 6,5%, pelo acompanhamento do Cepea para o mercado físico a vista.
Durante o decorrer do último mês, o mercado esteve firme e em alta, conforme pode ser observado na figura 1, com os preços diários dos indicadores do Cepea.
Figura 1.
Evolução diária em R$ nominais por arroba do boi gordo
Fonte: Bigma Consultoria – com dados do Cepea/Esalq/USP
A firmeza nas cotações permitiu que a média paga em julho, aos pecuaristas, superasse os preços de junho. Já na primeira quinzena os preços médios eram mais altos que os do mês anterior, mostrando que o mercado tendia a se recuperar.
Com o fechamento do mês, verificou-se preços médios 2,17% acima dos que foram praticados em junho. Observe a figura 2, com as médias mensais.
Figura 2.
Médias mensais em R$ nominais por arroba do boi gordo
Fonte: Bigma Consultoria – com dados do Cepea/Esalq/USP
Em 2011, o preço médio pago em julho foi 18,13% superior ao de julho de 2010. No acumulado dos sete primeiros meses do ano, o valor pago pelo boi em 2011 é 28% acima do mesmo período do ano passado.
Até os últimos dias da última semana, com o mercado se recuperando, os contratos para outubro na BM&F/Bovespa começaram a circular entre os R$107,50 e R$108,50 por arroba, dando margens para o hedge aos confinadores. Com isso, para o contratos futuros, o mercado começou a trabalhar dentro de um cenário mais realista para 2011.
No mercado físico, para agosto e para os meses seguintes, a tendência é de que a oferta de animais terminados para abate continue pressionada, fortalecendo a pressão altista.
No entanto, o limite dos preços ficará na dependência do comportamento do mercado de carne bovina. Se a carne reagir, e aliviar os frigoríficos, as cotações do boi gordo no campo poderão experimentar patamares mais elevados.
Caso contrário, o mercado fica nessa queda de braço, num ambiente extremamente desfavorável para os frigoríficos; o que é comum é períodos de alta nos preços.
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