Temos visto em importantes veículos da mídia nacional, verdadeiros achaques a ilustres produtores brasileiros tachando-os de escravagistas, mostrando total desconhecimento do processo de abertura de áreas agrícolas nas novas fronteiras, que tem gerado superávit na balança comercial, gerando emprego e distribuindo renda.
Quem conhece a lida no campo, se revolta ao tomar conhecimento destas matérias. Infelizmente os produtores são tratados como se fossem marginais. O prejuízo causado por acusações do tipo que vimos nestes noticiosos, leva-nos a refletir até que ponto estamos sujeitos ao escrúpulo de pessoas que com objetivo de mostrar serviço a seus superiores e chamar atenção da mídia acusam qualquer cidadão sem avaliar as conseqüências dos seus atos.
Temos uma legislação trabalhista inadequada para o meio rural. Ela foi construída para atender o meio urbano, cujos trabalhadores em sua maioria trabalham sob um teto, com hora certa de entrar e de sair sem depender dos efeitos do tempo, claridade, ventos, chuvas tão importantes para nossa produção agrícola.
Todos nós sabemos o quanto é importante tratar nosso semelhante com dignidade, alimentação adequada, limpa e higiênica, água potável, alojamento com um mínimo de conforto, equipamentos de proteção individual (EPIs), adequados a cada tarefa, fazem com que o trabalhador se sinta valorizado e possa produzir dentro do seu potencial.
Para atender as exigências das autoridades responsáveis pela área do trabalho, no entanto fica difícil, pois muitas normas não se aplicam ao nosso meio.
Temos que urgentemente mudar a Legislação trabalhista, o setor rural é hoje um grande empregador, no entanto, muitos destes postos de trabalho podem desaparecer se as exigências descabidas não forem mudadas.
Se considerarmos as condições sub-humanas de trabalhadores urbanos e até funcionários públicos que moram mal, se alimentam mal, não usam os EPIs, seriam estes trabalhadores escravos?E quem é o empregador escravagista? Os empresários urbanos? Os governos?
Entendemos que no meio do trigo existe o joio, mas cabe às autoridades separá-los, nem todo produtor é joio, as volantes que fiscalizam nossas propriedades tratam a todos como criminosos e divulgam listas incriminando pessoas que não tiveram seus processos condenados pela justiça. Podemos concordar com isto? Até quando seremos acusados.
Vamos cobrar de nossos representantes no Congresso Nacional agilidade no processo de votação da reforma trabalhista e a nossa entidade de classe maior, a CNA, empenho nas mudanças tão necessárias ao nosso futuro.
Existem vários projetos tramitando no Congresso Nacional alterando a CLT(Consolidação das Leis Trabalhistas), mas precisamos que fique claro a situação dos produtores, pois estes não são bandidos, são empregadores que geram superávit comercial.
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