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A febre do leite, conhecida também como paresia puerperal, hipocalcemia puerperal, febre vitular ou mal da vaca caída, é uma doença metabólica que ocorre comumente na primeira semana pós-parto, devido ao desequilíbrio orgânico de cálcio e fósforo, resultando em sinais clínicos de hipocalcemia aguda, que normalmente ocorre nas primeiras 72 horas após o parto, porém pode ocorrer antes ou mesmo durante os primeiros 30 dias de lactação.

Tal alteração normalmente ocorre devido às altas exigências de cálcio para a produção de colostro e leite, situação de elevada demanda deste mineral que em situações normais é plenamente atendida pela ação do paratormônio (PTH), hormônio secretado pela paratireóide que atua disponibilizando o cálcio dos ossos para uso sistêmico do animal. Em situações em que ocorra a abrupta elevação de demanda de cálcio, no intervalo de liberação de PTH e sua atividade disponibilizando cálcio para o organismo pode ser observado o quadro clínico de hipocalcemia.

Eventualmente a febre do leite pode ser confundida com deficiências nutricionais, balanço energético negativo ou subnutrição, problemas comuns durante períodos de estiagem mais severos e que embora distintos, tem a conduta de tratamento muito semelhante.

A febre do leite pode predispor complicações secundárias (retenção de placenta, metrite, mastite, atonia ruminal, entre outros) e mortes; causam sérios prejuízos à pecuária brasileira, podendo em alguns casos acarretar em perdas de 5 a 10% na produção leiteira e redução de até três anos na vida útil destes animais. Bezerros filhos de vacas que sofreram com a febre do leite tendem a tornarem-se fracos e tardios.

SINAIS CLÍNICOS

Os sinais clínicos da febre do leite são divididos em três fases distintas. No estágio inicial o animal apresenta um breve período de excitação com mugidos frequentes, tremores, ranger de dentes, respiração difícil e inapetência também se observam diminuição da sensibilidade a estímulos táteis e sonoros. No segundo estágio o sinal mais evidente é o animal em decúbito com a cabeça voltada para o flanco; observa-se diminuição da consciência, midríase, reflexo pupilar diminuído ou ausente, flacidez muscular (membros), aumento da frequência cardíaca, hipotermia (extremidades), narinas secas e sem brilho; o animal pode ter parada ruminal e timpanismo secundário. No terceiro estágio o animal apresenta-se em decúbito com completa flacidez muscular, pulso diminuído e consideráveis alterações na frequência cardíaca; a perda da consciência fica ainda mais evidente, evoluindo para o coma e morte do animal.

O diagnóstico muitas vezes é fechado por meio dos sinais clínicos e a resposta positiva ao tratamento é uma das maneiras eficazes de confirmar a enfermidade em questão. A resposta ao correto tratamento é quão mais eficaz, quanto mais precocemente este é iniciado.

PREVENÇÃO

A melhor forma de prevenir essa enfermidade é a adoção de uma dieta equilibrada e adequada para as distintas categorias animais. Boas práticas de manejo, redução do estresse para os animais e ambiência são também fundamentais para o sucesso do intento. O manejo pré-parto deve ser iniciado 40 dias antes do parto e alguns cuidados na fase de peri-parto 48 horas antes e 48 horas após o parto, garantem uma boa redução do índice de hipocalcemia no rebanho.

É comum a adoção de dietas com baixo nível de cálcio e alto nível de fósforo durante a gestação, no intento de estimular a atividade do PTH e, desta forma, prevenir a hipocalcemia puerperal. A administração de vitamina D na última semana de gestação também é comumente utilizada e tem sua indicação respaldada para animais com déficit nutricional e/ou estabulados e com pouca ou nenhuma exposição à irradiação solar (raios ultravioletas); uma vez que a vitamina D tem importante papel na metabolização do cálcio pelo organismo.

A utilização preventiva de cálcio via subcutânea no pós-parto imediato tem sido largamente utilizada e tem apresentado bons resultados para vacas leiteiras de alta produção.

TRATAMENTO

O tratamento da febre do leite consiste na reposição imediata de cálcio para o organismo animal, que se restabelecerá, interrompendo os espasmos e permitindo a sua retomada ao status sanitário compatível com a vida. Entretanto o fornecimento de cálcio via intravenosa exige alguns cuidados: a administração dever ser lenta e preferencialmente associado a um composto fluido vitamínico e energético. A Ourofino indica a associação intravenosa de Cálcio Reforçado Ourofino + Fortemil. Tal terapia deve ser adotada até que o animal manifeste melhora clínica e reverta o estado de convalescência; é comum os animais apresentarem melhora imediata após a adoção da terapia. O volume de cálcio a ser utilizado depende da gravidade do caso, e pode variar de 1 a 4 frascos de Cálcio Reforçado Ourofino e Fortemil.

 

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