As pastagens são à base da produção de ruminantes, entretanto, estas sofrem uma variação muito grande ao longo do ano, em função das condições climáticas. Dentro deste contexto, mudanças nas áreas de pastagens se fazem necessárias, assim como, o número de animais também pode variar, levando em consideração as mudanças que acontecem nas áreas de pastagens.
Dentro deste contexto, caprinos e ovinos devem ter na sua base da sua alimentação alimentos volumosos de boa qualidade, porém sem esquecer que esses devem ser produzidos a baixo custo. Portanto, para que estes animais possam expressar todo o seu potencial, o planejamento adequado da produção de forragens para fornecimento aos animais é de fundamental importância.
Torna-se necessário um planejamento adequado da alimentação dos animais. O objetivo de se elaborar um bom planejamento alimentar reside no fato de que, esta ação é essencial para garantir o equilíbrio entre produção e a demanda de forragem, assegurando desta forma, alta eficiência na utilização das pastagens e a manutenção de condições favoráveis à sua produtividade e ao desempenho animal.
Sendo assim um planejamento estratégico estabelece metas para a produtividade, estima fluxos financeiros e índices financeiros econômicos, além de proceder avaliações de impacto social e ambiental. Em relação aos recursos forrageiros, o planejamento estratégico do sistema de produção estabelece estimativas da quantidade de forragem produzida em cada área ou piquete e define metas para taxa de lotação, produtividade animal e quantidade demandada de forragem. Porém cabe destacar que, um bom planejamento deve ser levado em consideração, também, quando o sistema de produção adotado é o intensivo confinado.
Para que este planejamento seja realizado, deve ser dispensada atenção com o tamanho do rebanho, assim como informações sobre quais as necessidades nutricionais dos animais. Neste sentido, planejamento alimentar do rebanho, nada mais é do que adequar, ao longo do ano, as necessidades alimentares do rebanho com a produção forrageira das pastagens da propriedade e também de um esquema de suplementação alimentar do rebanho.
Para isto, pode-se recorrer a alguns conhecimentos utilizados na gestão da qualidade total, dentre os quais se destaca o ciclo PDCA (do Inglês Plan, Do, Check, Action), que traduzindo significa planejar, desenvolver, checar e atuar. Logo se entende que é necessário um conhecimento prévio da situação que será trabalhada.
Este planejamento dever ser elaborado, antes da implantação do projeto, baseado no fato de que, os resultados satisfatórios de um sistema de produção animal, só acontecem se além de outras variáveis, a alimentação estiver sendo fornecida adequadamente. Logo, alguns aspectos devem ser considerados, como por exemplo, hábitos alimentares, exigências dos animais, valor nutritivo da ração oferecida, produtividade das forrageiras ao longo do ano, particularidade do uso de determinados alimentos e a viabilidade econômica da ração.
A utilização de uma boa estratégia de alimentação, também é importante. Nesta estratégia, a aquisição de alimentos e o esquema de fornecimento desses alimentos devem ser fatores avaliados criteriosamente. Na aquisição de alimentos, características como tipo, quantidade e qualidade são fundamentais, para que o planejamento possa ser utilizado de maneira adequada. Da mesma forma, no que diz respeito ao fornecimento de alimentos, o método de fornecimento de alimentos, e também a qualidade e a quantidade dos alimentos são pontos importantes que devem ser levados em consideração.
Outro ponto importante é a elaboração de uma escrituração zootécnica adequada, haja vista, que através da análise dos dados obtidos com a implantação deste tipo de ação, se pode obter informações relevantes para o sistema produtivo e desta forma, alcançar sucesso com a atividade da caprinocultura e/ou ovinocultura.
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