A história do Sr. Arnildo Antônio Fanck e sua esposa, Ironita Jandrey Fanck, na localidade onde residem até hoje começou em 1984 quando ele ajudava o sogro em sua propriedade e, em troca, tocava um pedaço de 1,8 hectares. Em 1986 seu sogro faleceu e seu Arnildo adquiriu 1,8 hectares, que era a herança de sua cunhada. Na época o agricultor pagou a área com uma kombi e uma vaca leiteira.
Após adquirir a área, cultivou algodão por 3 anos, o que o ajudou a quitar os financiamentos que tinha no banco. Após os três anos de cultivo de algodão, plantou tomate, com o apoio do instituto Emater (na época ainda chamada Acarpa). Este cultivo foi orientado pela extensionista Mary Stela Bischof, que estava lotada na unidade de Corbélia, já que Anahy ainda era distrito do referido município.
Com a queda do preço do tomate, seu Arnildo decidiu cultivar soja, milho, trigo e mandioca, além de manter em sua propriedade alguns animais leiteiros que sempre ajudavam no orçamento familiar.
No ano de 1991 assinou um contrato com uma empresa do ramo do tabaco e começou a plantar fumo. Naquela época ele construiu a casa em que vive até hoje, com a ajuda de Ironita. Em 1994 o trabalho pesado que o fumo exigia e os preços baixos fizeram-no desistir do fumo. Para aproveitar os barracões, que já estavam construídos, plantou alface no interior dos mesmos e os transformou em estufas. Começava aí uma nova fase na vida de seu Arnildo e de sua família.
Com o plantio de alface, começou a realizar seu sonho que era o cultivo de olerícolas. O começo foi difícil, pois ainda não tinha experiência no plantio destas culturas, mas ele encarou a nova atividade. Foram muitos anos de aprendizado e erros, porém sem desistência, seguiu em frente com o cultivo e hoje colhe os frutos do seu e do trabalho de sua esposa.
As estufas que eram improvisadas foram melhoradas. A irrigação por gotejamento permite que o produtor economize água e diminui seu trabalho na cultura da alface. Com o retorno que recebeu da comercialização do produto ele investiu em tecnologia. Em 2008 adquiriu um micro-trator que possibilitou o aumento na área de plantio das olerícolas. Em 2009 investiu em uma irrigação por aspersão, em uma nova área, onde cultiva repolho, beterraba, jiló, pepino e cheiro verde. Atualmente seu Arnildo está preparando uma área para o cultivo de cenoura.
Arnildo comercializa suas olerícolas nos mercados do município e para o Programa de Aquisição de Alimentos - PAA. Na cidade, reconhecem o trabalho e a dedicação que o produtor tem e todos os que visitam sua propriedade ficam impressionados com os canteiros nos quais a família “deposita” seu trabalho. “Gosto de trabalhar com olerícolas. Era um sonho que estou realizando”, diz Arnildo quando conta sua história. “Com o cultivo de olerícolas, quero melhorar a qualidade de minha vida. Não quero sair daqui. Quero ter um lucro maior para que meu filho volte para casa para me ajudar na minha horta”.
É gratificante quando atendemos um agricultor que tem sonhos e trabalha para realizá-los, como é o caso do seu Arnildo. Ele está sempre procurando aperfeiçoar no seu cultivo e melhorar a sua renda.
Quando conversamos com os agricultores percebemos em todos eles a persistência em continuar na profissão mesmo com todas as intempéries como: os tropeços na escolha das atividades, as broncas preço baixo, custo alto de produção e outros desafios que surgem no dia a dia... olhando a historia do Sr. Arnildo resolvi registrar a garra dessa família que nos momentos de altos e baixos jamais abandonou a carreira mais importante do planeta que é a de ser agricultor produzindo alimento para o mundo.
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