dia de campo

a
Esqueceu a senha?
Quero me cadastrar
     26/12/2024            
 
 
    
Solo e Clima      
Leira estática recebe mais cargas de resíduos
Sistema de compostagem não necessita de revolvimento, tem baixo custo de implantação e pode receber detritos a cada dois dias
Ouça a entrevista Comente esta notícia Envie a um amigo Aponte Erros Imprimir  
Kamila Pitombeira
10/06/2011

Capaz de receber cargas de resíduos a cada dois ou três dias, diferentemente de outros sistemas de compostagem, a leira estática, de formato perpendicular, conta com baixo custo, baixa necessidade de revolvimento e menor necessidade de uso de maquinário. Segundo Caio Teves, pesquisador da Embrapa Solos, para o processo ocorrer sem problemas, como mau cheiro ou proliferação de moscas, algumas regras precisam ser seguidas.

— Uma delas é a largura, pois a leira não pode ser muito larga. Além disso, como principal delas, a leira deve ser bastante porosa, ou seja, com bastante material estruturante, como poda de árvores picada, grama e outros materiais vegetais para compor com restos de alimentos e esterco — orienta o pesquisador.

Existem ainda outros detalhes. De acordo com ele, a leira deve ser construída com a parte lateral reta, quase perpendicular ao solo, o que facilita a aeração passiva. Isso porque o processo de compostagem é aeróbico, portanto, precisa que o ar circule dentro da leira sem grandes impedimentos. Por ter o formato perpendicular, ela permite que o produtor coloque sempre novas cargas de resíduos.

— Existem vários métodos de compostagem. O mais comum deles é o chamado método de revolvimento. Nesse sistema, os revolvimentos são frequentes e acontecem uma vez por semana ou uma vez a cada 15 dias. Mas esse é um método que tem algumas restrições em termos de eficiência. Quando os resíduos incluem restos de comida, o revolvimento não é muito indicado porque, quando o material está decompondo, o melhor é não mexer na leira devido ao mau cheiro que isso pode causar. Por outro lado, é um bom método se lidar apenas com materiais de poda e resíduos agrícolas — afirma Teves.

O método de leira estática com aeração forçada é aquele no qual o produtor pode fazer a leira com dimensões maiores. Esse método conta com aeradores elétricos injetando ar dentro dessa leira. Existe um outro método, mais sofisticado segundo o pesquisador, que é o biorreator fechado. Esse sistema necessita de mais tecnologia e permite maior controle, além de tem um custo maior de implantação e de controle.

— Os benefícios ao usar a leira estática são muitos. Esse processo tem baixo custo, menos revolvimento, menor necessidade de uso de maquinário e disponibilidade de receber cargas de resíduos a cada dois ou três dias — conta.

Já em relação aos cuidados de manejo, Teves ressalta que o principal deles é prestar atenção à porosidade da leira. O produtor, para ele, deve se preocupar com a estrutura da leira e usar materiais de decomposição um pouco mais lenta misturados aos materiais de decomposição um pouco mais rápida.

— A gente tem conseguido tratar restos de alimentos, resíduos de animais e, em alguns casos, até carcaças de animais. Então, esse é um método que se adapta a vários tipos de resíduos em várias situações. É um método semi-artesanal que não exige equipamentos especiais, ou seja, quaisquer ferramentas normais de uma propriedade agrícola poderão ser usadas nessa compostagem — explica.

Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Solos através do número (21) 2179-4500.

 

Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
Aviso Legal
Para fins comerciais e/ou profissionais, em sendo citados os devidos créditos de autoria do material e do Jornal Dia de Campo como fonte original, com remissão para o site do veículo: www.diadecampo.com.br, não há objeção à reprodução total ou parcial de nossos conteúdos em qualquer tipo de mídia. A não observância integral desses critérios, todavia, implica na violação de direitos autorais, conforme Lei Nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998, incorrendo em danos morais aos autores.
João Víctor Pagnusstti
12/06/2011 - 11:36
Olß Caio Teves , sou aluno do 7¦PerÝodo do Curso de Agronomia da Faculdade de CiÛncias e Tecnologia de UnaÝ-MG(FACTU), e vendo seu documentßriio sobre a leira estatica , achei muito interessante e muitio prßtico , e pensando em uma adubaþÒo de baixo custo e variedade alta de nutrientes , e uma adubaþÒo ecol¾gica , o uso desse modelo pode ser que vira a ser um mÚtodo mais eficiente e mais rßpido para quem nessecita de tempo curto. Mas porÚm vc estarß limitando o uso dos outros materiais para decomposiþÒo tipo restos de animais dentre outros resÝduos que ao revolver possam causar mao cheiro , o voþÛ me fala sobre isso ? JoÒo VÝctor .

Pedro Paulo Sampaio de Lacerda
05/11/2016 - 19:42
Sou estudioso e pesquisador em compostagem. Chamo o meu método de: compostagem sem revolvimento. Utilizo pálets para manter reta as laterais do composto. Utilizo minhocas e não rsqueço de manter a pilha sempre molhsda. Já fiz composto com: cabelos, penas, coco inteiro, palhas de coco, carcaças de peixes e etc. Já li seu livro. Valeu!

Para comentar
esta matéria
clique aqui
2 comentários

Conteúdos Relacionados à: Adubação
Palavras-chave

 
11/03/2019
Expodireto Cotrijal 2019
Não-Me-Toque - RS
08/04/2019
Tecnoshow Comigo 2019
Rio Verde - GO
09/04/2019
Simpósio Nacional da Agricultura Digital
Piracicaba - SP
29/04/2019
Agrishow 2019
Ribeirão Preto - SP
14/05/2019
AgroBrasília - Feira Internacional dos Cerrados
Brasília - DF
15/05/2019
Expocafé 2019
Três Pontas - MG
16/07/2019
Minas Láctea 2019
Juiz de Fora


 
 
Palavra-chave
Busca Avançada