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Embrapa Agrobiologia
28/03/2011
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A publicação inédita, lançada recentemente, apresenta os principais resultados práticos do projeto pioneiro realizado nos últimos quatro anos em parceria com a Petrobras UN-RNCE (Unidade de Negócio de Exploração e Produção do Rio Grande do Norte e Ceará) e a Universidade Federal Rural do Semi-Árido para revegetação de áreas de extração de piçarra no estado do Rio Grande do Norte. O projeto utilizou como base a tecnologia de recuperação de solos degradados já desenvolvida pela Embrapa e aplicada com sucesso em outras regiões do país.
Dividido em quatro capítulos, o manual pretende ser um balizador para a recuperação de áreas degradadas na Caatinga. O primeiro capítulo faz uma abordagem sobre os principais aspectos geofisiográficos deste bioma e sua degradação. O segundo aborda em detalhes todo o processo de produção de mudas de espécies florestais com potencial de uso na revegetação dessas áreas. Na sequência, são abordados aspectos práticos para a recuperação de jazidas de extração de piçarra, incluindo o ordenamento e a preparação da área, a aplicação de solo superficial e o plantio de mudas. No quarto e último capitulo, são relatados os principais resultados de um estudo piloto que avaliou, em seis jazidas de piçarra com características distintas, a adaptação e o desenvolvimento de diferentes espécies arbóreas e a adequação da aplicação de solo superficial como possível acelerador do processo de recuperação ambiental.
A equipe responsável pelo projeto acredita que serão necessários estudos adicionais para aperfeiçoamento da tecnologia, como, por exemplo, a seleção de novas espécies vegetais. Mas por outro lado, há um consenso de que com o nível de conhecimento atual, já é possível recuperar essas áreas de extração de piçarra na Caatinga com espécies predominantemente nativas da flora desse bioma.
Aplicação em outras situações na Caatinga
O projeto envolvendo a Embrapa Agrobiologia, Petrobras UN-RNCE (Unidade de Negócio de Exploração e Produção do Rio Grande do Norte e Ceará) e a Universidade Federal Rural do Semi-Árido recuperou aproximadamente dois hectares. A partir de 2011, a Petrobras, iniciará o plantio em maior escala de suas áreas. Segundo o pesquisador da Embrapa Agrobiologia, Alexander Silva de Resende, inicialmente estão sendo recomendadas 11 espécies florestais nativas da Caatinga, das quais, 7 são leguminosas fixadoras de nitrogênio e que apresentaram resultados muito satisfatórios para as condições avaliadas. Alexander afirma ainda que essa tecnologia precisa ser testada em outras condições, mas apresenta grande potencial para ser replicada em outras situações de degradação na Caatinga.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a Caatinga apresenta uma das maiores áreas sujeitas a desertificação no Brasil. Esse bioma tem perdido suas características devido ao uso irracional das atividades socioeconômicas, que vão desde a exploração de madeira para combustível até a substituição da vegetação nativa por práticas agrícolas não apropriadas. (Ana Lucia Ferreira)
Cópia digital do manual pode ser obtida a partir do e-mail: sac@cnpab.embrapa.br
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