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     22/11/2024            
 
 
    

Cada vez mais o envolvimento e a participação das mulheres nas atividades econômicas nas pequenas propriedades rurais são expressivas.

Em cada nova atividade desenvolvida no dia a dia, depende de tomada de decisão, vontade própria e vocação, mas, tudo isso não é suficiente é necessário  também o conhecimento, auto aprendizagem e capacitação.

Falando da mulher agricultora potencialmente capaz de enfrentar diversidades, trabalho pesado, criar e educar os filhos, realizar as tarefas caseiras, ainda encontra força e tempo para fazer outras atividades, visando somar mais renda no orçamento familiar.

Dentre as inúmeras atividades lucrativas foi na agroindustrialização, que a mulher deu o pontapé inicial. Essa atividade não é considerada nova para a maioria das mulheres agricultoras, já faz parte da cultura, preparar os alimentos para o sustento da família. Foi muito fácil transformar a atividade em um vantajoso negócio.

E, considerando que a transformação de alimentos começou aproximadamente com a descoberta da agricultura, a mais de dez mil anos, lembrando que na época a alimentação era a base da caça e frutas. Com a evolução de tecnologias de produção, processos de transformação e conservação dos alimentos, que contribuíram decisivamente no sucesso da agroindustrialização.

Aquela tarefa de simplesmente cozinhar em pequenas cozinhas, transformou-se numa atividade lucrativa, permanente, que gera emprego e renda, que traz a inclusão social e aumenta a auto-estima da família. A participação dos demais membros da família ocorre automaticamente, o processo vai crescendo necessitando a participação de mais mão-de-obra em alguma fase do processo.

O sucesso na atividade depende de um bom planejamento na produção da matéria prima, ter visão do negócio, conhecer o cliente, abrangência de mercado, apresentação do produto e logística de entrega, dentre outras variáveis que interferem no  processo. 

Percebendo este potencial  de geração de trabalho e renda para as propriedades familiares,  em 1999 o Governo do Estado do Paraná institui o Programa Fábrica do Agricultor  como forma de apoiar os agricultores familiares na instalação , legalização das agroindústrias e na comercialização  e o  MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário cria uma linha de crédito para investimento denominado Pronaf-Agregar, que em 2003 foi renomeado para Pronaf – Agroindústria.

A grande novidade no Estado do Paraná  é a implantação do Projeto de Certificação dos Produtos da Agroindústria Familiar que abrange desde  o preparo do solo, até o produto pronto  para a comercialização. Assim as boas práticas agrícolas foram implementadas, seguidas das boas práticas de manipulação e fabricação. O processo garante a rastreabilidade não somente do produto, como do processo produtivo. Do mesmo modo  a melhoria da sanidade e a qualidade dos produtos, a proteção à saúde do consumidor e ao meio ambiente, a segurança e confiabilidade dos produtos para o consumidor.

Em dezembro de 2010 as três primeiras agroindústrias auditadas do Estado do Paraná que atenderam os requisitos de Avaliação da Conformidade de produtos da Agroindústria Familiar receberam o  Certificado de Qualidade em Boas Práticas de Produção e de Fabricação.

Na região de Cascavel, foram as agroindústrias Produtos Zita da família Slongo, da comunidade de São Salvador, município de Cascavel e Produtos Klasener, da família Giraldi, da comunidade de Linha Hortelã, município de Capitão Leônidas Marques e uma do Município de Bituruna com produção de cachaça. 
 
Nestas agroindústrias todos esses requisitos foram alcançados após um extenso trabalho de sensibilização, capacitação e maximização de esforços da equipe técnica e dos agricultores envolvidos. Considera-se  ainda, à vontade, dedicação e a decisão dos agricultores em enfrentar mais um desafio em prol dos produtos da Agroindústria Familiar, algo a mais, colocar no mercado um produto com qualidade.

Neste sentido, a concepção do projeto “Avaliação da Conformidade de produtos oriundos da Agroindústria Familiar” foi realizada. Assim o Instituto de Tecnologia do Paraná – TECPAR, por meio da Rede Paranaense de Metrologia e Ensaios, Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, SEAB,  e Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural-EMATER, desenvolveu um processo de certificação suprindo a demanda exigida para atender novas formas de garantia da qualidade de alimentos.

Há necessidade também que o consumidor reconheça e acredite nas especificações dos produtos como sendo da agroindústria familiar. Para que isto ocorra, um processo de certificação atingiria este requisito. No contexto da Agroindústria Familiar, o processo estaria identificado no selo específico e os produtos também deveriam atender a determinadas especificações de produção e de beneficiamento. 

Para o agricultor produzir e agroindustrializar ainda no campo, exige cada vez mais competitividade, conhecimento, implementação de novas tecnologias, habilitação e informação de mercado. Além disso, estímulos diferenciados devem ser destinados ao setor, do mesmo modo a contribuição tecnológica e gerencial, tornando-o profissional no processo de produção. Assim como conseguir demonstrar ao mercado que os produtos oriundos da Agroindústria Familiar atendem aos requisitos especificados e identificados com selo específico, que vai além do simples produzir e comercializar.

 

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