A Agroenergia potencializa os conceitos e princípios, as estratégias e ações, e a consciência coletiva para as tratativas de competitividade e sustentabilidade, em bases técnicas e negociais. Ela constitui uma oportunidade para o resgate do direito do cidadão, quanto às mudanças climáticas globais, aquecimento global, emissão de gases de efeito estufa, segurança energética e disponibilidade de fontes renováveis de energia. E, o ordenamento territorial, sistemas agroindustriais produtivos, mercados e logística para a energia de biomassa estão redefinindo os mercados competitivos, atuais e potenciais, em todo o mundo.
Progressivamente, o Brasil está modificando sua matriz energética, de fóssil para energia renovável, com grande ênfase na energia de biomassa. E, busca através do conhecimento e da inovação a competitividade e sustentabilidade de seus negócios em agroenergia. Portanto, domínio tecnológico e marcos regulatórios alinham os novos negócios e, se não garantem, por certo aumentam as possibilidades de competitividade e de sustentabilidade.
Os marcos regulatórios brasileiros para a matriz energética renovável, especialmente de biomassa, acumulam melhorias estratégicas e operacionais, nestas últimas quatro décadas, e especialmente nestes últimos seis anos, tomou significativa importância devido às ações público-privadas, nos campos econômico, social, ambiental, diferenças regionais e inclusão global. Esta agenda positiva para o negócio da agroenergia no Brasil abriga quatro grandes plataformas (etanol, biodiesel, florestas energéticas, coprodutos e resíduos) definidas no Plano Nacional de Agroenergia (PNA 2006-2011).
No escopo do PNA foi criada a Embrapa Agroenergia, focando em soluções na “produção de biomassa” e na “energia da biomassa”. A Embrapa Agroenergia direciona seus principais esforços para as atividades de “Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação” em processos de transformação, conservação e utilização de energia de biomassa, contribuindo para potencializar as ações de produção e desenvolvimento de matérias-primas de qualidade para o aproveitamento energético, em parceria com outras Unidades da Embrapa e pelos parceiros tradicionais e novos.
Com a inauguração da sede da Embrapa Agroenergia soma-se mais um “gol” nesta “agenda positiva” que foca o talento para a competitividade e a sustentabilidade dos negócios de base tecnológica no Brasil, na agricultura, agroindústria e biorrefinarias.
As pesquisas e resultados correntes em Agroenergia concentram-se, basicamente, em caracterização de matérias-primas para fins energéticos; processamento e conversão de matérias-primas; tecnologias de aproveitamento de coprodutos e serviços; e, métodos e técnicas de gestão e suporte do negócio da agroenergia. E, de forma coordenada e compartilhada em redes e facilidades de PD&I, as primeiras contribuições técnico-científicas da Agroenergia estão focadas em cana-de-açúcar e sorgo, para bioetanol; palma de óleo (dendê), outras palmeiras oleíferas (macaúba, p.ex.) e pinhão-manso, para óleos. E, em detoxificação de tortas de pinhão-manso e subprodutos de glicerina para alimentação animal. E, em processos especialistas críticos para etanol lignocelulósico (tecnologia de 2ª-geração).
Na consolidação dessa obra, faz-se necessário reconhecer e agradecer o esforço e o empenho de muitas pessoas e instituições. A começar pelo Excelentíssimo Senhor Presidente da República, os Ministros da Agricultura e da C&T, os parlamentares federais e do Distrito Federal, os presidentes da Embrapa no período 2006-2010 e os funcionários da Embrapa, bem como os gestores públicos, parceiros privados, mídia em geral, cientistas da agroenergia, nacionais e internacionais. Todos denominados, com grande propriedade - “amigos da Embrapa”.
A solenidade de inauguração, ocorrida no dia 02 dezembro de 2010, evidencia, na melhor forma da transparência de divulgação pública, e em respeito ao patrimônio coletivo e ao direito do cidadão, o mais novo centro de referência em agroenergia do Brasil – a Embrapa Agroenergia.
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