Ao longo de todo processo de ordenha, vários fatores são fundamentais para a obtenção de leite de melhor qualidade, maior produtividade, menor índice de mastite, menor tempo de ordenha e menores gastos com energia elétrica. Dentre estes fatores, podemos destacar:
Entrada da vaca na sala de ordenha: Os animais devem estar saudáveis e devem ser conduzidos de forma calma, tranquila, pois neste momento iniciam-se os primeiros estágios da estimulação da descida do leite;
Preparação: os ordenhadores devem sempre vestir luvas e observar as vacas, identificando aquelas que foram tratadas, que possuem quartos inchados ou lesões nos tetos. Esta detecção ajuda na prevenção de problemas mais sérios no futuro. As instalações devem ser planejadas e construídas com o intuito de facilitar toda rotina e no tamanho adequado do rebanho.
Apenas úberes que estejam excessivamente sujos devem ser lavados com água;
Eliminação dos primeiros jatos: é uma oportunidade fácil e prática de observar se o leite está anormal (com grumos e coágulos) e desta maneira obter uma detecção prematura de mastite clínica; a atenção deve ser redobrada e minuciosa, observando alterações não só no leite, mas em todo sistema mamário (edema, endurecimento, rubor, calor, assimetria, etc). O animal que apresentar sintomas nesta etapa deve ser isolado, sendo ordenhado e tratado no final da ordenha, minimizando a possibilidade de contágio para os demais animais.
Pré-dipping: consiste na imersão dos tetos antes da ordenha em desinfetante comprovadamente efetivo, cobrindo completamente os quatro tetos e utilizando-se um copo aplicador limpo, visa a prevenção de mastite clínica deixando o desinfetante agir por 30 segundos;
Secagem: os tetos devem ser secos com toalha individual, removendo o desinfetante e proporcionando uma estimulação adicional;
Colocação do Conjunto de Ordenha: deve ser alinhado de forma adequada para minimizar o deslizamento das teteiras e maximizar o fluxo de leite. Se não for colocado de maneira adequada, poderá provocar irritação no úbere e lentidão da ordenha, bem como agitação nas vacas;
Fim da Ordenha: os ordenhadores necessitam estar atentos nesta etapa para corrigirem possíveis deslizamentos das teteiras que podem surgir. As teteiras devem ser trocadas a cada 2500 ordenhas e a pressão de vácuo verificada diariamente;
Pós-dipping: fundamental para a remoção da película de leite que é deixada no teto após a remoção das teteiras. Esta película, se não removida, fornecerá alimento para o desenvolvimento de bactérias. Recomenda-se também, manter as vacas em pé, em torno de uma hora, para que o esfíncter do teto se feche completamente antes que elas se deitem; visa a prevenção da mastite subclínica;
Higienização da sala de ordenha: deve ser realizado somente após a saída da última vaca da sala de ordenha, a fim de se evitar respingos e remoção do pós-dipping, o excesso de umidade deve ser evitado assim como o acúmulo de matéria orgânica.
Além destes fatores, recomenda-se que os ordenhadores sejam treinados, com vestuário adequado (botas, uniforme, avental, luvas), estejam saudáveis (exames médicos de rotina) e com boa higiene pessoal. A sequência de ordenha ou linha de ordenha deve ser adotada (vacas primíparas sem mastite, vacas pluríparas que nunca tiveram mastite, vacas que já tiveram mastite e que já foram curadas, vacas com mastite subclínica, e, por último, as vacas com mastite clínica) e sempre realizada no mesmo horário, além da constante checagem e manutenção dos equipamentos de ordenha.
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