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A recuperação de pastos é uma medida importante na programação do pecuarista e tem muita influência na produção animal. Bons pastos oferecem alimentos de boa qualidade em quantidade adequada para o rebanho e podem ajudar a aumentar ou diminuir a produtividade tanto de carne quanto de leite. Pastos recuperados também são importantes para evitar a necessidade de abertura de novas pastagens em áreas florestais, porque fazem os produtores reutilizarem o mesmo espaço de forma consciente. Para que a recuperação seja feita com sucesso, o produtor precisa montar um cronograma ao longo do ano e saber quais são as melhores épocas para adotar cada medida. Os meses de outubro e novembro são ideais para a fase de adubação.
— A recuperação é muito importante para a retomada da produção de capim da área e, como consequência, manter a condição corporal dos animais melhor e melhorar o ganho de peso e rentabilidade. Ela é importante tanto para a melhoria da pastagem quanto dos animais que dela se alimentam. O trabalho de recuperação é feito o ano todo, através de um cronograma. No mês de março, fazemos uma avaliação da área para saber se é possível realizar a recuperação. Tem áreas de pastagem em que não é mais possível recuperar e tem que ir para a reimplantação. Depois vem a análise de solo, a adubação e correção. De maio a junho fazemos a calagem, em outubro e novembro a adubação de correção e após cada pastejo fazemos as adubações de cobertura — explica a pesquisadora Patrícia Oliveira Anchão, da Embrapa Pecuária Sudeste.
Nas situações em que não é mais possível fazer a recuperação, o pecuarista tem que trocar a espécie forrageira que ele utiliza ou plantar a mesma espécie novamente. A pesquisadora esclarece que a reimplantação da pastagem começa com a análise de solo nos mêses de março e abril, depois é feita a calagem em junho e julho, a compra de sementes e insumos e o plantio até meados de fevereiro. Ela alerta que para o fato de que a instalação de uma nova pastagem exige a realização do manejo adequado de acordo com cada tipo de pasto, fazendo um bom preparo de solo, escolhendo a espécie forrageira adequada para cada região, tipo de solo e espécie animal, além da compra de sementes de boa qualidade e plantio correto para garantir um bom estande.
— Essas medidas são fundamentais, mas só a recuperação e implantação de pastagem não garantem sucesso na produção de bovinos a pasto. É muito importante que haja também uma boa manutenção destas áreas de pastagem. Há a necessidade de o produtor ter entendimento do pasto como uma área de cultura. É muito importante que ele esteja atento ao manejo da fertilidade do solo e da planta forrageira para garantir sempre um alimento de boa qualidade e em quantidade para os animais — ressalta Patrícia.
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