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Os produtores de trigo vão ganhar mais uma cultivar de boa qualidade para a safra do ano que vem. A BRS 327 foi lançada pela Embrapa Trigo durante a Expointer 2010, que terminou semana passada, no Rio Grande do Sul. A nova cultivar tem produtividade média de quatro toneladas por hectare e resistência às principais pragas e doenças da cultura como manchas foliares, oídio, giberela, vírus e ferrugem da folha. Ela é recomendada principalmente para os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, mas também foi testada com sucesso no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Outra caraterística importante é a boa aceitação para a indústria com classificação para pão e farinha branqueadora.
— A cultivar está nas mãos dos produtores de semente para multiplicação e somente a partir de 2010 vai chegar aos produtores. É uma cultivar que alia as características de interesse do produtor como produtividade, sanidade e tolerância a alguns estresses abióticos com as características demandadas pela indústria moageira, principalmente trigo para panificação e com farinha caracterizada como branqueadora. Para manchas foliares, oídio, giberela, vírus do mosaico do trigo, vírus do nanismo amarelo da cevada ela apresenta moderada resistência. Já para a ferrugem da folha, é suscetível somente a uma raça chamada B34, que nem sempre é a prevalente nos campos de trigo — explica o pesquisador Eduardo Caierão, da Embrapa Trigo.
A época de plantio e colheita da cultivar varia de acordo com cada região. Caierão diz que na região mais a noroeste do Estado do RS o plantio é recomendado para o início de maio e metade de junho. Mais para o planalto do RS, o plantio começa dia 10 de junho e a colheita geralmente ocorre entre a segunda quinzena de outubro e 20 de novembro. Segundo o pesquisador, este ano a colheita será um pouco mais tardia porque fez muito frio no inverno, principalmente no mês de junho. Faltou um pouco de água e os trigos não cresceram o que deveriam.
— A produtividade dela varia um pouco de acordo com cada região, se é mais fria ou não. Na região 1, que é a mais alta, mais fria e mais úmida, a média durante 4 anos de experimentação em 22 locais foi de 4.190 quilos por hectare. Na região 2, que é um pouco mais baixa, mais quente e úmida, essa média baixa um pouco para 4.100 quilos por hectare, em 28 locais de experimentação. Já na região 3, no norte do Paraná e sul do Mato Grosso do Sul, a região é mais quente e a produtividade cai para 3.800 quilos por hectare, mas com superioridade em relação às testemunhas da área para fazer a comparação — diz Caierão.
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