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     16/09/2024            
 
 
    

A erosão ocasionada principalmente pela ação da água e do vento, e acelerada pelo manejo inadequado de animais promove a perda de nutrientes do solo, o que interfere no ganho de peso dos bovinos.

Terras com boas condições para exploração pecuária gradativamente perdem seu potencial produtivo, o que resulta em perda das propriedades físicas e químicas favoráveis ao desenvolvimento das pastagens.

O manejo animal tem influência decisiva, e deve ser feito de maneira correta, o qual envolve diversas ações conjugadas como a determinação da carga animal adequada para evitar o super pastejo - que promove a desfolha exagerada do capim e faz com que a rebrota do mesmo seja prejudicada. Desse modo, a pastagem torna-se escassa (rala) e favorece o aparecimento de áreas descobertas e ervas invasoras (pasto sujo).

O subpastejo também é prejudicial , pois proporciona uma sobra de forragem no solo. Excedente que não é aproveitado pelo rebanho, que prefere se alimentar da rebrotra, por ser mais tenra e nutritriva. Assim, é importante conciliar a carga animal com o tipo de forragem mais adequada à região e ao solo para evitar problemas de superpastoreio e de subpastoreio.

Como Tudo Começa

O processo de degradação dos solos sob exploração pecuária inadequada pode ser dividido em três etapas, cada uma com características bem definidas.

Na primeira etapa, as características originais do solo são destruídas gradativamente, processo que não é perceptível, uma vez que ocorre lentamente. Nos estágios iniciais da erosão (laminar), se o pecuarista não estiver atento ao desempenho no ganho dos animais e na produção de forragem da pastagem poderá não perceber o sinal de alerta. Nesta fase há a necessidade da avaliação de profissionais qualificados (engenheiros agrônomos, zootecnistas, veterinários etc.) que possuam conhecimento adequado para identificar, por meio de análises de solo ou através do desempenho animal, o início da degradação.

No segundo estágio, evidenciam-se perdas acentuadas de matéria orgânica, com forte comprometimento da estrutura. O solo sofre compactação superficial que impede a infiltração de água e a penetração de raízes, bem como o surgimento de crostas superficiais (selamentos). A erosão acentua-se e as pastagens respondem menos eficientemente à utilização de corretivos e fertilizantes. Surgem, depois, áreas sem cobertura. Neste momento, o processo é acelerado, surgindo a erosão por sulco. A partir do segundo estágio, o pecuarista já consegue perceber sinais evidentes na área.

Na última fase, as propriedades físicas e químicas do solo estão intensamente comprometidas, com colapso violento do espaço poroso. A erosão é acelerada, o que dificulta e até mesmo impede as operações com máquinas agrlcolas.

As voçorocas são o estágio mais avançado no processo erosivo. Suas dimensões e a extensão dos danos que podem causar estão intimamente relacionados com o clima, topografia do terreno, sua geologia, tipo de solo e forma de manejo. A produtividade nesta etapa cai a níveis mínimos, sem nenhum retorno econômico para o agricultor.
A erosão das terras afeta a qualidade das pastagens devido ao carreamento das partículas do solo (areia, silte e argila), diminuição das quantidades de água disponível e, ao mesmo tempo, remoção dos nutrientes nele antes presentes, incluindo as perdas de matéria orgânica e dos macro e micronutrientes. Com a perda da qualidade do solo, em termos de disponibilidade de nutrientes e água para as forrageiras, ocorre a perda do vigor e aumento da quantidade de ervas invasoras, pragas e doenças.

Solos Mais Suscetíveis

Cada tipo de solo apresenta um comportamento diferenciado quanto à suscetibilidade à erosão, ou seja, cada um apresenta maior ou menor facilidade de degradação pela chuva, fixados os demais fatores como manejo, cobertura do solo entre outros.As propriedades do solo que influenciam a erodibilidade estão relacionadas com a velocidade de infiltração de água, permeabilidade, capacidade de absorção de água e suas características que determinam a resistência à dispersão, salpicamento, abrasão e forças de transporte da enxurrada. Como exemplo, pode-se dizer que os solos arenosos são mais propensos à erosão do que os solos argilosos. Os solos rasos e arenosos (neossolos) e os com horizontes superiores (horizonte A) arenosos sobrejacentes a horizontes argilosos (horizontes B texturais) são os mais propensos à erosão, principal mente quando estão localizados em regiões com chuvas intensas e apresentam alguma declividade. Os solos mais profundos e bem estruturados (Iatossolos e nitossolos), com alta taxa de infiltração de água e grande fertilidade natural são menos propensos aos processos erosivos.

O conhecimento das caracterlsticas do solo que afetam a erodibilidade é pré-requisito para o planejamento conservacionista. Os levantamentos pedológicos atuais fornecem as informações básicas necessárias para tal finalidade.

Não se pode deixar de ressaltar que a degradação do solo, por meio da erosão, extrapola os limites da propriedade, pois irá assorear rios e reservatórios, comprometendo a navegabilidade e piscosidade, projetos de irrigação, entre outros problemas ambientais.

Perdas Financeiras

Deve-se ter sempre em mente que, quanto antes for detectado o problema, menor será o custo de sua recuperação. Além disso, o pecuarista deve levar em consideração que o problema pode extrapolar os limites de sua propriedade e atingir outras fazendas vizinhas localizadas a jusante (para o lado em que vaza um curso de água), que, para recuperarem corretamente os problemas existentes, necessitam que as propriedades a montante (direção de onde correm as águas de uma corrente fluvial) também realizem ações efetivas de correção.

Em todas as situações, as correções dos problemas relacionados à erosão devem ser sanados. Nos estágios iniciais de erosão (Iaminar ou sulco), a relação financeira entre custo e benefício poderá, a curto prazo, parecer negativa. Entretanto, os investimentos necessários para a recuperação do solo e da pastagem serão, com certeza, recuperados na forma de aumento da capacidade de suporte da pastagem, número de animais por área, aumento da produção de carne por animal e por área e, também, redução do tempo de abate do animal.

Mesmo quando o problema atinge maio

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rudson luan pereira de oliveira
07/09/2010 - 11:31
valeu me ajudou bastante em meu trabalho pena que nÒo achei na da sobre controle vegetivo....

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1 comentário

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