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No Estado de Santa Catarina, o milho é o produto de maior importância para a agropecuária, tanto em volume colhido quanto para a formação do valor bruto da produção. É estratégico no fornecimento de alimentos para a suinocultura e avicultura, que se configuram nas principais atividades supridoras de matéria prima para a agroindústria catarinense.

No contexto estadual a maioria dos agricultores utiliza sementes de milho híbrido, comprando-as anualmente; mas, é ainda expressivo o número de agricultores familiares que utilizam sementes de paiol, formadas por gerações avançadas de híbridos ou sementes de origem de variedades comuns sem nenhum melhoramento.
Uma das alternativas viáveis para a realidade destes agricultores é a utilização de variedades de polinização aberta. Os híbridos, em geral, são mais exigentes em relação à aplicação de tecnologia relativa à correção de acidez de solo, utilização de nutrientes, bom suprimento de umidade no solo, etc.; quase sempre, os agricultores familiares não dispõem de recursos financeiros para aplicá-la. Assim sendo, não conseguem explorar o potencial genético dos híbridos, prejudicando o rendimento da cultura.

O uso de variedades apresenta algumas vantagens sobre os híbridos comerciais, devido a sua constituição genética. Segundo Emygdio (2004), existem pelo menos três fatores que colocam as cultivares de milho de tipo varietal como uma excelente opção para agricultores familiares, geralmente descapitalizados e/ou de baixa tecnologia, que são: a) o baixo custo da semente, até cinco vezes menores que o custo da semente de uma cultivar híbrida; b) a possibilidade de produção de semente própria, pois, ao contrário dos híbridos, as variedades de milho não perdem o potencial produtivo quando semeadas na safra seguinte; e, c) a maior plasticidade das variedades sob condições de estresse.

Assim sendo, a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – Epagri vem trabalhando com o melhoramento genético de milho, visando à criação de variedade de milho de polinização aberta para utilização pelos agricultores familiares catarinenses. O melhoramento genético consiste basicamente em aumentar as freqüências de genes superiores dentro da população a ser melhorada, através deum processo dinâmico, contínuo e progressivo, denominada a cada etapa como ciclo de seleção. Desta forma, procedeu-se a seleção de germoplasmas competitivos, tanto para rendimento de grãos como para as características agronômicas desejáveis.
Com as seleções de espigas nas populações e/ou compostos realizados anualmente, foram organizados novamente os experimentos para outro ciclo de recomendação e seleção. Com isso, conseguiu-se um aumento significativo dos alelos favoráveis dentro da população e após da sexta seleção (S6) iniciou-se as avaliações em experimentos de competição em vários locais do estado, com ambientes edafoclimáticos distintos. Para a multiplicação de sementes genéticas foram escolhidas as 40 melhores progênies e que deram origem à multiplicação da semente básica.

Este trabalho resultou na criação de mais duas novas variedades de milho de polinização aberta denominadas SCS 155 – Catarina e a SCS 156 – Colorado inscritas no Registro Nacional de Cultivares (RNC) do Ministério de Agricultura que, juntamente com as variedades SCS 153 – Esperança e a SCS 154 – Fortuna, estão disponíveis para os  agricultores familiares catarinenses.

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Everaldo A. Pereira
23/09/2010 - 10:43
Excelente matÚria!
Parabenizo o autor ao tempo em que solicito autorizaþÒo para utilizaþÒo/divulgaþÒo da mesma na disciplina Melhoramento de Plantas que ministro no Curso de Agronomia da Universidade de BrasÝlia.

Vitor Margarido
29/02/2016 - 09:56
Gostaria de ter informações sobre o milho "ratinho", antigamente usado em Portugal para fazer pão.

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2 comentários

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