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Os ovinos são seres herbívoros e ruminantes, portanto aptos a produzir em regime de pastagens, com suplementação mineral. Até aí, tudo bem. O problema é que as pastagens têm seus ciclos produtivos divididos em etapas: a vegetativa, a reprodutiva e o amadurecimento normal das plantas, sendo que, dificilmente, conseguimos o mesmo desempenho produtivo das forragens durante os 365 dias do ano.
Todo produtor deve fixar o conceito de planejamento forrageiro, no qual se busca, como objetivo principal, a oferta constante e sempre acima da necessidade dos animais. Dessa forma, a produtividade e o desempenho genético do rebanho serão sempre maximizados.
Com o conceito do planejamento forrageiro aceito pelos produtores abrimos opções para diversas situações importantes dentro de uma propriedade. Fazer um bom planejamento forrageiro significa produzir volumosos durante o ano todo para o rebanho, sendo na forma de pastagens, na forma de alimento conservado (silagens, fenos, pré-secados) ou em capineiras.
Não defendemos uma ou outra variedade e sim a organização da propriedade e a oferta constante de comida. Vamos falar da cana-de-açúcar por ser uma planta produzida em praticamente todo o território nacional e que possui grande produtividade.
Os ovinos aceitam muito bem a cana-de-açúcar e podemos utilizá-la para todas as categorias, mas alguns cuidados devem ser tomados antes da implantação do canavial, sendo eles:
- Coleta e amostra de solo para análise.
- Calagem e adubação de acordo com a análise,
- Escolha da variedade da planta (são inúmeras as cultivares existentes, a observação é com relação à sanidade das mudas, devem ter a casca fina e alto teor de açúcar);
- A época de plantio, geralmente fica entre os meses setembro e dezembro;
- Adubação com nitrogênio é importante quando as plantas estiverem com 60 cm de altura e deve sempre ser aplicada com umidade no solo;
- Limpeza do canavial, ou seja, controle de plantas invasoras;
- Tempo para o corte de nove a doze meses, dependendo das chuvas.
Para fornecermos a cana-de-açúcar aos animais, devemos salientar algumas observações. A cana-de-açúcar é uma planta com alto teor de energia e com baixo teor de proteína. Portanto, é necessária a suplementação de proteína para que se possam atender as exigências dos animais.
Para simplificar a utilização, recomenda-se que a cana-de-açúcar in natura seja picada de 1 a 2 cm. Outro modo de fornecimento da cana-de-açúcar é sob a forma de silagem, sem qualquer mistura. A cana pode ser cortada no canavial 2 vezes por semana, porém deve ser picada diariamente.
Para se ajustar a proteína, recomendam-se suplementos minerais proteinados (OVINOFÓS SECA) fornecidos em cochos separados, com o que se consegue a manutenção de peso dos animais. Já para se obter ganhos de peso mais expressivos recomenda-se uma ração com elevado teor de proteína (24 % de PB).
O grande segredo do fornecimento da cana-de-açúcar está no tamanho da partícula que deve ser de 10 a 20 milímetros. A cana nunca deve ser moída ou triturada; deve ser sempre picada. Dessa forma, consegue-se aumentar o consumo dos animais.
Um canavial bem manejado produz em média 100 toneladas por hectare, fornecendo volumoso para 200 ovelhas durante 100 dias. Com isso, é possível fazer um descanso das pastagens ou aumentar a lotação de animais por área. A cana-de-açúcar também pode ser utilizada como alimento volumoso único o ano todo, tanto para manutenção como em confinamento.
Sempre buscamos a melhoria dos plantéis e a organização do ciclo produtivo, portanto, além de a Tortuga ser uma parceira no fornecimento de insumos, procura orientar os produtores a melhorarem seus ganhos com a ovinocultura.
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