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O agronegócio é responsável por cerca de 70% do consumo de água mundial e os produtores rurais são os que mais sofrem com a utilização inadequada dos recursos hídricos. O maior efeito da má gestão da água e das bacias hidrográficas é a erosão provocada pela grande quantidade de chuva e transbordamento de rios. O que os produtores precisam fazer é adotar práticas que ajudem a infiltrar melhor a água no solo para que a erosão e outros problemas agrícolas ligados ao solo não sejam causados. As medidas são divididas em três grandes grupos pelos especialistas: práticas edáficas, vegetativas e mecânicas. Na linguagem simples, elas respondem por práticas de cobertura do solo como adubação verde, pastagem bem manejada e pela construção de terraços e barraginhas que impeçam o escoamento excessivo da água.

Fernando Flaco Pruski é pós-doutor em hidrologia e conservação de solo e água, professor titular da Universidade Federal de Viçosa, bolsista do CNPq e será um dos palestrantes do 9º Congresso Latinoamericano e do Caribe de Engenharia Agrícola, que acontece de 25 a 29 de julho, em Vitória, no Espírito Santo. Ele explica que os produtores têm uma papel-chave, de extrema importância na gestão dos recursos hídricos e diz que, comparativamente, a energia associada à precipitação que ocorre em um hectare de terra em um ano corresponde à explosão de 50 toneladas de dinamite. Por isso, é preciso adotar medidas para proteger o solo deste grande impacto.
— Costumo dizer que a primeira prática recomendável é a identificação da capacidade de uso e manejo do solo. As práticas são classificadas em três grandes grupos: práticas edáficas, práticas vegetativas e práticas mecânicas. As edáficas atuam sobre as condições químicas e de fertilidade do solo. A adubação química ou orgânica, a adubação verde, a calagem são práticas em que se procura melhorar as condições do próprio solo visando a melhoria de proteção. Dentro das práticas vegetativas, está a utilização de cobertura florestal, a pastagem, que quando bem manejada, em um nível de densidade bastante elevada, a rotação de culturas. O terceiro grande grupo é representado pelas práticas mecânicas. A colocação de bacias de acumulação, terraços, construção de barraginhas que têm por finalidade quebrar a energia do escoamento superficial — exemplifica Pruski.
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