A requeima é uma das principais doenças da batateira e do tomateiro, pois em muitos casos, é o fator limitante à produção. Apesar de ser muito estudada trata-se da doença que apresenta as maiores dificuldades de controle.
A ocorrência da requeima sempre foi associada às baixas temperaturas e à elevada umidade do ar. O fator climático mais importante para o início da doença é a umidade, tanto que na cultura do tomate é possível observar focos de requeima até mesmo nos meses mais quentes do ano, bastando ter água livre nas folhas ou hastes.
Os esporângios em poucos minutos aderem à superfície e, em menos de três horas ocorrem a germinação e a penetração. Os primeiros sintomas surgem depois de três a quatro dias: são pequenas manchas de cor verde oliva, muito discretas e de difícil visualização. Após três ou quatro dias as lesões são facilmente visualizadas, com a formação dos esporângios e zoosporângios na face inferior das lesões (massa pulverulenta de cor branca).
O fungo sobrevive por pouco tempo nos restos culturais do tomate (menos de 45 dias), mas permanece por muito tempo na batata semente. A disseminação ocorre através do vento (até 50 km), que remove os esporângios e zoosporângios das lesões e os distribui dentro da área, ou os transporta para novos locais. Respingos de água da chuva ou irrigação também podem disseminar a doença, assim como tubérculos contaminados, no caso da batata.
Na folha atacada pela requeima, entre o tecido necrosado e a parte sadia, se forma um anel de massa esbranquiçada – é a concentração de esporângios que quando germinam originam novas lesões.
Ainda não há cultivares resistentes de batata e tomate. O que se pode verificar na prática é que há diferentes níveis de sensibilidade a requeima, mas todos são atacados pela doença. O excesso de nitrogênio (causando exagerado vigor vegetativo) aliado à deficiência de boro e ao plantio mais adensado deixa as plantas mais suscetíveis ao ataque do fungo. Devem-se evitar as irrigações no final do dia, pois durante a noite (período de maior esporulação) as folhas ficam molhadas (aumentando o período de umidade livre), facilitando a infecção.
O momento certo de aplicação do fungicida é a chave para controlar a doença. No entanto, a escolha do fungicida e a dose a ser aplicada estão diretamente ligadas à instalação ou não da doença. De qualquer maneira, os melhores resultados de controle da requeima são obtidos quando os fungicidas são aplicados preventivamente.
As soluções de ação sistêmica são mais facilmente absorvidas pelos tecidos novos das plantas e, como a requeima ataca principalmente na fase jovem, as aplicações devem ser feitas nesta etapa, a fim de garantir uma boa proteção inicial.
O uso da dose correta dos fungicidas é muito importante e deve ser seguido à risca pelos produtores, para evitar problemas de resistência. O intervalo entre as aplicações também é fundamental. Em situações preventivas ele é maior sendo que o ideal é não ultrapassar cinco dias. Quando a requeima já está instalada, este intervalo deve ser reduzido para dois ou três dias, até que a doença esteja bem controlada.
A Bayer CropScience oferece aos produtores dois excelentes fungicidas para o controle da requeima da batata e do tomate: Consento e Infinito. Estas duas soluções devem ser aplicadas a partir da “amontoa“ na cultura da batata e no primeiro “amarrio“ na cultura do tomate envarado ou de mesa.
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