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Sistema faz previsão hidrológica da Bacia Hidrográfica do rio Araranguá
Programa é gratuito e divulga as previsões meteorológicas e hidrográficas com antecedência de 24h e 48 horas
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Juliana Royo
10/05/2010

A Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina) criou um sistema que faz a previsão hidrológica da Bacia Hidrográfica do rio Araranguá. Ele está disponível gratuitamente no site da Epagri-Ciram e faz a previsão de vazão dos rios com até 48 horas de antecedência, baseado em dados de clima e tempo. Com este sistema, os produtores de arroz da região poderão calcular melhor as suas ações e não serão pegos de surpresa. Eles poderão aproveitar a água da chuva no período de estiagem e se preparar para enchentes.

Segundo a assessoria de imprensa da Epagri, “a região da bacia hidrográfica do rio Araranguá tem cerca de 391 mil habitantes e 9.557 propriedades rurais, das quais grande parte produz arroz. Só na cidade de Forquilhinha, 52% da área rural é ocupada pela produção arrozeira, índice que chega a 50% em Meleiro, 48% em Ermo e 40% em Turvo. No total, 60 mil hectares da bacia são dedicados à produção de arroz. Esse sistema produtivo utiliza 404.534.250 litros de água a cada ciclo, que dura quatro meses. Essa quantidade de água seria suficiente para abastecer 3.371.119 residências por um ano, uma cidade do tamanho de São Paulo, aproximadamente. Estudos mostram ainda que o volume para manutenção da água na quadra de arroz equivale a 74.900 litros por segundo, o que representa a metade da vazão média do rio Itajaí, o maior rio de Santa Catarina”.

— O nosso foco inicial era criar uma ferramenta de gestão que auxiliasse na melhor utilização dos recursos hídricos e criar uma ferramenta em que o agricultor pudesse utilizar essa água em momentos mais oportunos. Ou seja, quando estivesse em uma condição de baixo volume de água disponível em que fosse evitada a utilização de água para irrigação e até mesmo em momentos que antecedessem chuvas de grande volume o agricultor pudesse ter uma ferramenta que indicasse para que ele não realizasse a irrigação e utilizasse a água de chuva. Além disso, ele iria contribuir para armazenar esta água nas quadras e diminuir o volume de vazão que pudesse causar algum dano de enchente ou de inundação nos pontos mais à juzante da bacia hidrográfica — explica o engenheiro agrônomo Everton Blainski, pesquisador da Epagri/Ciran e criador do sistema.

Blainski explica que este modelo pioneiro integrou o sistema meteorológico com o sistema hidrológico, levando em conta dados como topografia, clima, hidrologia e dados de uso de ocupação das terras. Segundo ele, com isso foi possível fazer uma previsão do volume de vazão dos rios e em que momento eles estarão disponíveis para serem utilizados, facilitando o gerenciamento da água. O pesquisador diz que este sistema pode servir de modelo para a previsão hidrológica de várias outras bacias pelo País.

— Este trabalho vai servir como um piloto para ser utilizado em outras pesquisas que envolvam esta questão de utilização de água, a gestão de recursos hídricos e até mesmo a questão de previsão e alerta de eventos extremos.  Dentro da bacia hidrográfica do rio Araranguá, estão localizados 71 pontos de monitoramento, distribuídos ao longo da bacia, e basta o produtor se localizar na bacia e ver em que sub-bacia ele está localizado. Nós temos em três pontos da bacia hidrográfica, além da informação de precipitação, a vazão prevista e também o nível dos rios previsto. O sistema de previsão pode ser acessado na página da Epagri/ Ciran. Na nossa home inicial tem uma aba de tempo e nesta aba está disponível o sistema gratuitamente para qualquer usuário que tenha cesso à internet. — ensina Blainski.

Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
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