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Embrapa avalia desempenho de serviço de análise de solos
Laudos de laboratórios aprovados pelo programa terão credibilidade junto a seguradoras e órgãos financiadores
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Nivea Schunk
20/05/2010

O programa de análise de qualidade de laboratórios de fertilidade (PAQLF), da Embrapa Solos, é um ensaio de proficiência para avaliar o desempenho do serviço de análise de solos em escala internacional. Além de regular a qualidade das informações repassadas aos produtores rurais, os laudos oriundos de laboratórios aprovados pelo programa obtêm credibilidade fundamental junto às seguradoras e órgãos financiadores da atividade agrícola.

No Brasil, mais quatro programas similares de atuação regional também atuam em parceria, sob a coordenação da Embrapa Trigo, Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e Universidade Técnica Federal do Paraná. O Profert é o único itinerante e atualmente conduzido pela Universidade Federal de Viçosa (UFV).

A adesão é voluntária porque não há legislação específica por parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). No entanto, de posse do certificado de excelência, os laboratórios recebem o direito de adquirir selos de qualidade, que funcionam como registros de segurança numerados e rastreáveis. Analista da Embrapa Solos, Marcelo Saldanha, alerta que a prática das instituições bancárias é somente aceitar avaliações de riscos de financiamento mediante o selo de qualidade de um desses cinco provedores reconhecidos no País.

— Para aderir ao PAQLF basta que o laboratório tenha uma personalidade jurídica constituída. Ao longo de um ano são enviadas ao laboratório 12 amostras de solo, duas delas em triplicata. Só o coordenador do programa tem conhecimento da identidade desses solos. Os laboratórios têm um prazo para enviar os resultados à coordenação do programa. A partir daí se calcula uma média com o desvio padrão e o coeficiente de variação e são atribuídos de um a três asteriscos, relativos à discrepância das apurações. Após o ranqueamento em nível a, b e c, apenas os laboratórios do primeiro e segundo grupo recebem o certificado de excelência com um índice mínimo de 70% de acertos — conta ele.

Considerada extremamente rígida, a ferramenta de controle chega a reprovar quase 80% dos candidatos, dependendo da complexidade do material. Para Marcelo, o índice de aprovação atual de 50% não deve mudar muito nos próximos anos. Ele afirma que num território onde são produzidos 133 milhões de toneladas grãos por safra, há um déficit considerável na atividade, uma vez que os laboratórios se concentram na região Sul. A análise de solos é indispensável para incrementar a produtividade da agricultura. 

Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
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