O agricultor não precisa ir muito longe para encontrar soluções simples e assegurar um projeto de restauração sustentável - e em linha com as exigências legais - na sua propriedade. Para que obtenha sucesso, em primeiro lugar, é preciso conhecer de perto o histórico de uso e ocupação do solo. Além disso, quatro elementos devem ser considerados no planejamento de qualquer ação, para evitar eventuais problemas, ou o retrabalho: o diagnóstico físico e biológico da área, os processos que garantem a autoperpetuação da vegetação que se pretende restaurar, a diversidade dessa vegetação e as operações mínimas de implantação e manutenção dessa área por meio de programas ambientais.
O Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (LERF/ESALQ) nos fornece uma boa base para isso. Os métodos para se restaurar uma área degradada são dos mais diversos.
Em áreas cuja floresta original foi substituída por alguma atividade agropastoril, por exemplo, e a vegetação natural remanescente no entorno da área não é florestal, ou foi totalmente destruída, as espécies florestais devem ser introduzidas com a maior diversidade possível, respeitando a sucessão ecológica e a regionalidade delas.
Existem situações em que a restauração é mais simples, como em áreas nas quais os processos de sucessão ecológica ainda estão atuantes e colaborando com a restauração da vegetação original. Neste caso, é preciso identificar os fatores de degradação, para então promover sua retirada através do isolamento das áreas. São diversas as soluções, que vão desde a implantação de cercas para isolar áreas de pasto, até práticas de conservação de solo, impedindo os processos erosivos, por exemplo. É importante ainda, que a manutenção dessas ações ocorra para potencializar a autorecuperação das áreas.
Outras práticas que auxiliam no processo de restauração, são o adensamento e enriquecimento de áreas degradadas com espécies nativas da região na forma de sementes e/ou de mudas. O preenchimento de espaços vazios (adensamento) pode ser feito com espécies pioneiras de crescimento rápido e boa cobertura. Já o enriquecimento é promovido com o plantio de espécies finais da sucessão ecológica, geralmente que foram muito exploradas no passado pelo seu grande valor comercial como, peroba, cabreúva, jequitibá, cedro, guarantã, Jatobá, etc.
Vale lembrar que essas espécies de grande valor econômico, através de projeto aprovado pelo órgão ambiental, podem ser usadas na Reserva Legal, juntamente com outros grupos como: frutíferas, melíferas, ornamentais, alimentícias e produtoras de essências, para agregar renda econômica ao produtor, desde que não haja corte raso da floresta e se mantenha a garantia dos processos ecológicos e a diversidade da flora regional.
Confira todas as informações necessárias para o seu plano de restauração e exemplos citados acima por meio dos links abaixo:
1.Pacto da Mata Atlântica
http://www.pactomataatlantica.org.br/pdf/referencial-teorico.pdf
2.Atividades de adequação ambiental e restauração florestal do LERF/ESALQ/USP
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/pfb-revista-antiga/pfb_55/PFB_55_p_7_21.pdf
3.Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (LERF/ESALQ/USP)
http://www.lerf.esalq.usp.br
Outras informações também podem ser conferidas em: www.viveirobioflora.com.br.
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